Crianças deixam de frequentar aulas por falta de intérpretes de libras em escolas municipais de Salvador
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) disse que situação já foi resolvida e a partir de segunda-feira (29), 37 intérpretes de libras serão direcionados para postos de trabalho. Alunos da Rede Municipal estão sem intérpretes de libras em Salvador Pais de alunos relataram nesta sexta-feira (26), que os filhos deixaram de frequentar aulas por falta de intérpretes de libras em algumas escolas municipais de Salvador. Marilene Santos é mãe de Daniel Santos, de 11 anos, aluno do 6º ano, de uma das unidades de ensino da capital baiana. Ela conta que o garoto, que não frequenta a escola há mais de um mês, já relatou estar triste com a situação. “Eu fico muito chateada, muito angustiada e a gente se sente um nada. É um direito deles, que foi tirado e a gente quer uma resposta imediata“, disse Marilene Santos. Crianças deixam de frequentar aulas por falta de intérpretes de libras em escolas municipais de Salvador Reprodução/TV Bahia Preocupada com situação do filho, Marilene Santos cobra respostas da prefeitura. “Isso é inclusão? Como é que vai inserir essas crianças na sociedade?”, questionou. A preocupação com o desenvolvimento escolar dos filhos é a mesma de outras mães. “Pouquíssimas vezes ela vai para escola, às vezes ela não está afim de ir, diz que a intérprete não foi, que não entende nada, que está confusa. A professora até tenta ajudar, mas não fala libras”, reclamou Andréia Lisboa, mãe de uma outra aluna. Em 17 de abril, o contrato dos intérpretes de libras foi encerrado. Os 37 profissionais, que atuavam na rede municipal de ensino, são ligados a uma empresa terceirizada, que presta serviço para a prefeitura. “Eles dão vários prazos, que foram vencendo, e nada foi resolvido. Nenhuma resposta definitiva foi dita de quando será feita a contratação”, denunciou a mãe de um aluno, Ticiana Santos. A defensora pública Claudia Ferraz explicou que a prefeitura atua para assinar um contrato emergencial, com prazo de 15 dias, para a contratação dos profissionais. Em seguida, será feito a contratação definitiva. De acordo com a prefeitura, 134 surdos estão matriculados nas escolas do município. Em 2002, a libras foi reconhecida no país como língua oficial, mas a obrigatoriedade da presença do intérprete em sala de aula é bem mais recentes, tem seis anos. O presidente da Associação dos Intérpretes de Libras de Salvador, João Ricardo, disse que tentou intermediar a situação com a prefeitura, mas não teve sucesso. "Sabemos que a questão da formação dos intérpretes de línguas de sinais do estado é deficitária. A gente precisa de mais formação, espaço, instituições que garantam essa formação do intérprete de línguas de sinais em bacharelado e nível superior". Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) disse que a situação já foi resolvida e a partir de segunda-feira (29), 37 intérpretes de libras serão direcionados para os postos de trabalho. Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia ????
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) disse que situação já foi resolvida e a partir de segunda-feira (29), 37 intérpretes de libras serão direcionados para postos de trabalho. Alunos da Rede Municipal estão sem intérpretes de libras em Salvador Pais de alunos relataram nesta sexta-feira (26), que os filhos deixaram de frequentar aulas por falta de intérpretes de libras em algumas escolas municipais de Salvador. Marilene Santos é mãe de Daniel Santos, de 11 anos, aluno do 6º ano, de uma das unidades de ensino da capital baiana. Ela conta que o garoto, que não frequenta a escola há mais de um mês, já relatou estar triste com a situação. “Eu fico muito chateada, muito angustiada e a gente se sente um nada. É um direito deles, que foi tirado e a gente quer uma resposta imediata“, disse Marilene Santos. Crianças deixam de frequentar aulas por falta de intérpretes de libras em escolas municipais de Salvador Reprodução/TV Bahia Preocupada com situação do filho, Marilene Santos cobra respostas da prefeitura. “Isso é inclusão? Como é que vai inserir essas crianças na sociedade?”, questionou. A preocupação com o desenvolvimento escolar dos filhos é a mesma de outras mães. “Pouquíssimas vezes ela vai para escola, às vezes ela não está afim de ir, diz que a intérprete não foi, que não entende nada, que está confusa. A professora até tenta ajudar, mas não fala libras”, reclamou Andréia Lisboa, mãe de uma outra aluna. Em 17 de abril, o contrato dos intérpretes de libras foi encerrado. Os 37 profissionais, que atuavam na rede municipal de ensino, são ligados a uma empresa terceirizada, que presta serviço para a prefeitura. “Eles dão vários prazos, que foram vencendo, e nada foi resolvido. Nenhuma resposta definitiva foi dita de quando será feita a contratação”, denunciou a mãe de um aluno, Ticiana Santos. A defensora pública Claudia Ferraz explicou que a prefeitura atua para assinar um contrato emergencial, com prazo de 15 dias, para a contratação dos profissionais. Em seguida, será feito a contratação definitiva. De acordo com a prefeitura, 134 surdos estão matriculados nas escolas do município. Em 2002, a libras foi reconhecida no país como língua oficial, mas a obrigatoriedade da presença do intérprete em sala de aula é bem mais recentes, tem seis anos. O presidente da Associação dos Intérpretes de Libras de Salvador, João Ricardo, disse que tentou intermediar a situação com a prefeitura, mas não teve sucesso. "Sabemos que a questão da formação dos intérpretes de línguas de sinais do estado é deficitária. A gente precisa de mais formação, espaço, instituições que garantam essa formação do intérprete de línguas de sinais em bacharelado e nível superior". Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) disse que a situação já foi resolvida e a partir de segunda-feira (29), 37 intérpretes de libras serão direcionados para os postos de trabalho. Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia ????