Entenda tempestade tropical Akará e por que fenômeno é raro
Entenda tempestade tropical Akará e por que fenômeno é raro
Situação começou como ciclone subtropical e depois foi ganhando características tropicais. Tempestade tropical Akará ajuda a canalizar e espalhar a umidade da Amazônia
A tempestade tropical Akará, que se tiver força pode virar furacão, foi classificada nesta segunda-feira (19) pela Marinha do Brasil. Trata-se de um fenômeno atípico, de acordo com a Defesa Civil de Santa Catarina, mas que só representa risco para a navegação em alto-mar.
Confira abaixo perguntas e respostas para entender essa tempestade.
Como começou essa tempestade?
Por que o fenômeno é raro no Brasil?
A tempestade tropical pode evoluir para um furacão?
Quais os riscos da tempestade Akará?
Quais as outras tempestades registradas no Brasil?
1. Como começou essa tempestade?
Essa tempestade começou como um ciclone subtropical, que depois foi ganhando características mais tropicais, disse o meteorologista da Defesa Civil Caio Guerra.
"Dentro da categoria dos ciclones subtropicais e tropicais, existem algumas subdivisões, a depender da intensidade. Quando começou [a tempestade Akará], era um ciclone subtropical. A Marinha classificou como 'depressão subtropical', depois virou 'tempestade subtropical'. Essas duas estão no guarda-chuva do ciclone subtropical", explicou.
"Ainda é um ciclone, mas agora na categoria ciclone tropical. Dentro dessa categoria, ele se enquadra na definição de 'tempestade tropical'.
Ele explicou também porque a classificação saiu de subtropical para tropical.
"A diferença entre os ciclones subtropicais e os tropicais estão na estrutura. Em uma simplificação, dá para dizer que os tropicais são ciclones mais quentes, desde a superfície até lá em cima na atmosfera, enquanto os subtropicais são quentes apenas embaixo, e vão esfriando conforme sobem".
2. Por que o fenômeno é raro no Brasil?
O meteorologista disse que as tempestades e ciclones tropicais são raras no Brasil.
"A questão é que para se formar [o ciclone tropical] você precisa de temperaturas na superfície do mar bastante elevadas. E normalmente aqui no Atlântico Sul as temperaturas não são tão altas quanto em outras regiões do globo", explicou.
Segundo ele, essas tempestades são mais comuns nas Américas Central e do Norte.
3. A tempestade tropical pode evoluir para um furacão?
Sim, caso a tempestade tenha força para isso. "Acima disso [da tempestade tropical], ela viraria um furacão, como o Catarina, em 2004. Mas ela não está mostrando força suficiente para chegar lá", disse o meteorologista.
4. Quais os riscos da tempestade Akará?
A preocupação com a tempestade é apenas para a navegação, conforme Guerra.
"Pode-se dizer que apresenta risco apenas para navegação em alto-mar. Onde ela se posiciona, pode provocar ondas acima de 4 metros de altura. Mas isso é bastante distante da costa".
5. Quais as outras tempestades registradas no Brasil?
Em relação a ciclones tropicais, a Epagri/Ciram, órgão que monitora as condições do tempo em Santa Catarina, tem os seguintes registros:
Catarina, em 2004 - furacão
Anita, em 2010 - tempestade tropical
Iba, em 2019 - tempestade tropical
Akará, em 2024 - tempestade tropical
A Marinha começou a padronizar a classificação dos ciclones em 2011. Desde então, só a corporação pode dar os nomes das tempestades.
Levando em conta também os ciclones subtropicais, a Marinha tem os seguintes registros, antes da Akará:
Yakecan, em maio de 2022 - tempestade subtropical
Ubá, em dezembro de 2021 - tempestade subtropical
Raoni, em julho de 2021 - tempestade subtropical
Potira, em abril de 2021 - tempestade subtropical
DS01-202, em fevereiro de 2021 - depressão subtropical
Oquira, em dezembro de 2020 - tempestade subtropical
Mani, em outubro de 2020 - tempestade subtropical
Kurumí, em janeiro de 2020 - tempestade subtropical
Jaguar, em maio de 2019 - tempestade subtropical
Iba, em março de 2019 - tempestade tropical
Guará, em dezembro de 2017 - tempestade subtropical
Eçaí, em dezembro de 2016 - tempestade subtropical
Deni, em novembro de 2016 - tempestade subtropical
Cari, em março de 2015 - tempestade subtropical
Bapo, em fevereiro de 2015 - tempestade subtropical
Arani, em março de 2011 - tempestade subtropical
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Situação começou como ciclone subtropical e depois foi ganhando características tropicais. Tempestade tropical Akará ajuda a canalizar e espalhar a umidade da Amazônia
A tempestade tropical Akará, que se tiver força pode virar furacão, foi classificada nesta segunda-feira (19) pela Marinha do Brasil. Trata-se de um fenômeno atípico, de acordo com a Defesa Civil de Santa Catarina, mas que só representa risco para a navegação em alto-mar.
Confira abaixo perguntas e respostas para entender essa tempestade.
Como começou essa tempestade?
Por que o fenômeno é raro no Brasil?
A tempestade tropical pode evoluir para um furacão?
Quais os riscos da tempestade Akará?
Quais as outras tempestades registradas no Brasil?
1. Como começou essa tempestade?
Essa tempestade começou como um ciclone subtropical, que depois foi ganhando características mais tropicais, disse o meteorologista da Defesa Civil Caio Guerra.
"Dentro da categoria dos ciclones subtropicais e tropicais, existem algumas subdivisões, a depender da intensidade. Quando começou [a tempestade Akará], era um ciclone subtropical. A Marinha classificou como 'depressão subtropical', depois virou 'tempestade subtropical'. Essas duas estão no guarda-chuva do ciclone subtropical", explicou.
"Ainda é um ciclone, mas agora na categoria ciclone tropical. Dentro dessa categoria, ele se enquadra na definição de 'tempestade tropical'.
Ele explicou também porque a classificação saiu de subtropical para tropical.
"A diferença entre os ciclones subtropicais e os tropicais estão na estrutura. Em uma simplificação, dá para dizer que os tropicais são ciclones mais quentes, desde a superfície até lá em cima na atmosfera, enquanto os subtropicais são quentes apenas embaixo, e vão esfriando conforme sobem".
2. Por que o fenômeno é raro no Brasil?
O meteorologista disse que as tempestades e ciclones tropicais são raras no Brasil.
"A questão é que para se formar [o ciclone tropical] você precisa de temperaturas na superfície do mar bastante elevadas. E normalmente aqui no Atlântico Sul as temperaturas não são tão altas quanto em outras regiões do globo", explicou.
Segundo ele, essas tempestades são mais comuns nas Américas Central e do Norte.
3. A tempestade tropical pode evoluir para um furacão?
Sim, caso a tempestade tenha força para isso. "Acima disso [da tempestade tropical], ela viraria um furacão, como o Catarina, em 2004. Mas ela não está mostrando força suficiente para chegar lá", disse o meteorologista.
4. Quais os riscos da tempestade Akará?
A preocupação com a tempestade é apenas para a navegação, conforme Guerra.
"Pode-se dizer que apresenta risco apenas para navegação em alto-mar. Onde ela se posiciona, pode provocar ondas acima de 4 metros de altura. Mas isso é bastante distante da costa".
5. Quais as outras tempestades registradas no Brasil?
Em relação a ciclones tropicais, a Epagri/Ciram, órgão que monitora as condições do tempo em Santa Catarina, tem os seguintes registros:
Catarina, em 2004 - furacão
Anita, em 2010 - tempestade tropical
Iba, em 2019 - tempestade tropical
Akará, em 2024 - tempestade tropical
A Marinha começou a padronizar a classificação dos ciclones em 2011. Desde então, só a corporação pode dar os nomes das tempestades.
Levando em conta também os ciclones subtropicais, a Marinha tem os seguintes registros, antes da Akará:
Yakecan, em maio de 2022 - tempestade subtropical
Ubá, em dezembro de 2021 - tempestade subtropical
Raoni, em julho de 2021 - tempestade subtropical
Potira, em abril de 2021 - tempestade subtropical
DS01-202, em fevereiro de 2021 - depressão subtropical
Oquira, em dezembro de 2020 - tempestade subtropical
Mani, em outubro de 2020 - tempestade subtropical
Kurumí, em janeiro de 2020 - tempestade subtropical
Jaguar, em maio de 2019 - tempestade subtropical
Iba, em março de 2019 - tempestade tropical
Guará, em dezembro de 2017 - tempestade subtropical
Eçaí, em dezembro de 2016 - tempestade subtropical
Deni, em novembro de 2016 - tempestade subtropical
Cari, em março de 2015 - tempestade subtropical
Bapo, em fevereiro de 2015 - tempestade subtropical
Arani, em março de 2011 - tempestade subtropical
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