Esclerose múltipla: entenda o que é, sintomas e tratamento da doença
Esclerose múltipla: entenda o que é, sintomas e tratamento da doença
Dia 30 de agosto é dia de conscientização sobre a doença autoimune e de diagnóstico desafiador. BDP Responde: saiba sobre Agosto Laranja, mês de conscientização sobre Esclerose Múltipla
A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem) define como uma "doença neurológica, crônica e autoimune", ou seja, quando "as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares".
“É uma autoagressão. O organismo, em vez de combater um invasor, um vírus, uma bactéria, ele se confunde e acaba atacando o sistema nervoso”, complementa a neurologista, Sthephani Martins.
A esclerose múltipla pode atingir pessoas de todas as idades, mas é observada entre 20 e 40 anos de idade, com uma incidência maior entre as mulheres.
Ainda segundo a Abem:
Não é uma doença mental
Não é contagiosa
Não é suscetível de prevenção
Não tem cura, mas tem tratamento, que consiste em atenuar os sintomas e desacelerar a progressão da doença
A causa da doença ainda é desconhecida. Fatores genéticos podem fazer com que haja uma predisposição à doença, mas não é um fator determinante, de acordo com a especialista.
Muito tem se falado sobre a relação do Vírus Epstein-Barr (EBV), causador da “doença do beijo”, e a Esclerose Múltipla, após a cantora Anitta revelar que teve o vírus.
A relação surgiu após pesquisa da Universidade de Harvard com mais de 10 milhões de pessoas. O estudo revelou que aqueles que haviam sido diagnocticados com Esclerose Múltipla tinham o Vírus EBV no corpo, mas ainda não há conclusão de que o vírus desencadeie a doença.
Desafio no diagnóstico
“A esclerose múltipla é um desafio diagnóstico porque dependendo do local do cérebro ou pode cometer até a medula, causa diferentes sintomas. Não dá para dizer ‘estou sentindo tal sintoma, deve ser esclerose múltipla’ por conta da variedade de sintomas. Só podemos afirmar após exames e avaliação especializada”, explica a neurologista.
Sintomas
A especialista como principais sintomas:
Baixa visão
Perda transitória visual
Perda de algum movimento
Perda de sensibilidade
Sintomas neurológicos ou psiquiátricos
O Hospital Israelita Albert Einstein, adiciona outros sinais:
Fadiga (fraqueza ou cansaço);
Parestesias (dormências ou formigamentos); nevralgia do trigêmeo (dor ou queimação na face);
Perda da força muscular, dificuldade para andar, espasmos e rigidez muscular (espasticidade);
Falta de coordenação dos movimentos ou para andar, tonturas e desequilíbrios;
Dificuldade de controle da bexiga (retenção ou perda de urina) ou intestino;
Problemas de memória, de atenção, do processamento de informações (lentificação);
Alterações de humor, depressão e ansiedade.
A equipe multidisciplinar é fundamental para o bom tratamento do paciente com Esclerose Múltipla, como explica Sthephani Martins.
“O acompanhamento psicológico é importante, fisioterapia é fundamental porque em alguns pacientes há a perda progressiva dos movimentos”.
Ela diz ainda que dentro da Esclerose Múltipla há variedades de apresentações se manifestando em surtos e silente - quando não se manifesta - e ainda assim tem tratamento.
“Nas apresentações da doença que não há tantos surtos, a pessoa tem uma vida normal, se ela não falar, ninguém vai saber. Agora, existem surtos que não se consegue reverter completamente”.
A neurologista lembra que o apoio da família e de pessoas que venham a ser cuidadores da pessoa com Esclerose Múltipla é importante, e que todos devem acompanhar o tratamento, pois muitas vezes sofrem junto com o paciente.
“É uma doença que nos desafia diariamente, não só o paciente, mas o médico. Para que esse tratamento seja mais efetivo, é preciso acompanhar de perto. Existem medicamentos modificadores de doenças que tornam, talvez, a doença um pouco menos agressiva, mas mesmo com o tratamento, infelizmente há sequelas que somam a cada surto de doença”, diz a especialista.
Tratamentos disponíveis
Medicamentos imunomoduladores: são utilizados para reduzir a atividade inflamatória
Medicamentos imunossupressores: reduzem a atividade ou eficiência do sistema imunológico
Pulsoterapia com corticoides sintéticos e interferons: utilizados no tratamento para a redução dos surtos
Assista a outras notícias do Pará:
Dia 30 de agosto é dia de conscientização sobre a doença autoimune e de diagnóstico desafiador. BDP Responde: saiba sobre Agosto Laranja, mês de conscientização sobre Esclerose Múltipla
A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem) define como uma "doença neurológica, crônica e autoimune", ou seja, quando "as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares".
“É uma autoagressão. O organismo, em vez de combater um invasor, um vírus, uma bactéria, ele se confunde e acaba atacando o sistema nervoso”, complementa a neurologista, Sthephani Martins.
A esclerose múltipla pode atingir pessoas de todas as idades, mas é observada entre 20 e 40 anos de idade, com uma incidência maior entre as mulheres.
Ainda segundo a Abem:
Não é uma doença mental
Não é contagiosa
Não é suscetível de prevenção
Não tem cura, mas tem tratamento, que consiste em atenuar os sintomas e desacelerar a progressão da doença
A causa da doença ainda é desconhecida. Fatores genéticos podem fazer com que haja uma predisposição à doença, mas não é um fator determinante, de acordo com a especialista.
Muito tem se falado sobre a relação do Vírus Epstein-Barr (EBV), causador da “doença do beijo”, e a Esclerose Múltipla, após a cantora Anitta revelar que teve o vírus.
A relação surgiu após pesquisa da Universidade de Harvard com mais de 10 milhões de pessoas. O estudo revelou que aqueles que haviam sido diagnocticados com Esclerose Múltipla tinham o Vírus EBV no corpo, mas ainda não há conclusão de que o vírus desencadeie a doença.
Desafio no diagnóstico
“A esclerose múltipla é um desafio diagnóstico porque dependendo do local do cérebro ou pode cometer até a medula, causa diferentes sintomas. Não dá para dizer ‘estou sentindo tal sintoma, deve ser esclerose múltipla’ por conta da variedade de sintomas. Só podemos afirmar após exames e avaliação especializada”, explica a neurologista.
Sintomas
A especialista como principais sintomas:
Baixa visão
Perda transitória visual
Perda de algum movimento
Perda de sensibilidade
Sintomas neurológicos ou psiquiátricos
O Hospital Israelita Albert Einstein, adiciona outros sinais:
Fadiga (fraqueza ou cansaço);
Parestesias (dormências ou formigamentos); nevralgia do trigêmeo (dor ou queimação na face);
Perda da força muscular, dificuldade para andar, espasmos e rigidez muscular (espasticidade);
Falta de coordenação dos movimentos ou para andar, tonturas e desequilíbrios;
Dificuldade de controle da bexiga (retenção ou perda de urina) ou intestino;
Problemas de memória, de atenção, do processamento de informações (lentificação);
Alterações de humor, depressão e ansiedade.
A equipe multidisciplinar é fundamental para o bom tratamento do paciente com Esclerose Múltipla, como explica Sthephani Martins.
“O acompanhamento psicológico é importante, fisioterapia é fundamental porque em alguns pacientes há a perda progressiva dos movimentos”.
Ela diz ainda que dentro da Esclerose Múltipla há variedades de apresentações se manifestando em surtos e silente - quando não se manifesta - e ainda assim tem tratamento.
“Nas apresentações da doença que não há tantos surtos, a pessoa tem uma vida normal, se ela não falar, ninguém vai saber. Agora, existem surtos que não se consegue reverter completamente”.
A neurologista lembra que o apoio da família e de pessoas que venham a ser cuidadores da pessoa com Esclerose Múltipla é importante, e que todos devem acompanhar o tratamento, pois muitas vezes sofrem junto com o paciente.
“É uma doença que nos desafia diariamente, não só o paciente, mas o médico. Para que esse tratamento seja mais efetivo, é preciso acompanhar de perto. Existem medicamentos modificadores de doenças que tornam, talvez, a doença um pouco menos agressiva, mas mesmo com o tratamento, infelizmente há sequelas que somam a cada surto de doença”, diz a especialista.
Tratamentos disponíveis
Medicamentos imunomoduladores: são utilizados para reduzir a atividade inflamatória
Medicamentos imunossupressores: reduzem a atividade ou eficiência do sistema imunológico
Pulsoterapia com corticoides sintéticos e interferons: utilizados no tratamento para a redução dos surtos
Assista a outras notícias do Pará: