Número de casos de dengue no RJ em 2024 já é 12 vezes maior que no ano passado
Foram 17.437 casos nas quatro primeiras semanas de janeiro contra 1.400 no mesmo período do ano passado. Antigo parque aquático em Vargem Grande virou grande foco do mosquito. O mosquito Aedes aegypti Lucas Garriga/INaturalist O número de casos de dengue no RJ em 2024 já é 12 vezes maior que no ano passado. Nesta quarta-feira (31), a Secretaria Estadual de Saúde divulgou os dados da doença: foram 17.437 casos nas quatro primeiras semanas de janeiro contra 1.400 no mesmo período do ano passado. Este ano, duas pessoas morreram com dengue no estado — uma mulher de 98 anos, em Itatiaia, e uma homem de 33, em Mangaratiba. Dos 92 municípios fluminenses, catorze apresentam taxa de incidência acima de 500 casos por 100 mil habitantes. Os destaques são Itatiaia, Cambuci, Resende e Piraí. Projeto com mosquito modificado ajuda a frear casos de dengue em Niterói Para tentar conter o avanço da doença, o governo do estado está com o programa “Contra a dengue todo dia”. A promessa é reforçar o combate ao mosquito e melhorar o atendimento aos pacientes nas unidades de saúde. “A gente tá vendo uma antecipação do período sazonal da dengue. A gente sabe que ele acontece mais ou menos em abril e maio de cada ano, a gente tem esse aumento de casos, a gente tá vendo isso antecipado”, disse a superintendente em Vigilância da Saúde, Luciane Velasque. A secretaria também diz que, em caso de necessidade, 160 leitos de 9 hospitais de referência do estado poderão ser convertidos para tratamento da dengue, como foi feito na pandemia de Covid. Parque aquático abandonado O antigo Rio Water Planet, em Vargem Grande, está abandonado Reprodução/TV Globo Moradores de Vargem Grande, na Zona Oeste, denunciam que um parque aquático está abandonado e pode servir de foco para a doença. O Rio Water Planet tem muita água parada nas piscinas e toboáguas. O RJ1 já mostrou a situação precária do parque algumas vezes nos últimos anos. O Rio Water Planet foi inaugurado em 1998 e virou febre entre os cariocas — são 400 mil m² aos pés do Maciço da Pedra Branca. Em 2018, o local foi fechado por determinação da Justiça, após uma ação de despejo por falta de pagamento de 4 anos de aluguel. Nos arredores do parque moram milhares de pessoas. Eles contam que o bairro sempre teve muito mosquito, mas que a situação piorou e os casos de dengue têm aumentado. "Um ano pra cá tem piorado", diz José Jacaré, técnico de refrigeração. "Estão aumentando cada dia mais os casos de dengue na comunidade", fala a aposentada Maria Bonfim. Vista área do antigo Parque Rio Water Planet Reprodução/TV Globo O que dizem os citados Sobre a situação do parque aquático, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que monitora o local e faz vistorias a cada 15 dias. A última, segundo a secretaria, foi em 25 de janeiro. Disse também que, além do tratamento com larvicida, os depósitos de água receberam peixes predadores de larvas. O RJ1 não conseguiu contato com os donos do antigo Rio Water Planet.
Foram 17.437 casos nas quatro primeiras semanas de janeiro contra 1.400 no mesmo período do ano passado. Antigo parque aquático em Vargem Grande virou grande foco do mosquito. O mosquito Aedes aegypti Lucas Garriga/INaturalist O número de casos de dengue no RJ em 2024 já é 12 vezes maior que no ano passado. Nesta quarta-feira (31), a Secretaria Estadual de Saúde divulgou os dados da doença: foram 17.437 casos nas quatro primeiras semanas de janeiro contra 1.400 no mesmo período do ano passado. Este ano, duas pessoas morreram com dengue no estado — uma mulher de 98 anos, em Itatiaia, e uma homem de 33, em Mangaratiba. Dos 92 municípios fluminenses, catorze apresentam taxa de incidência acima de 500 casos por 100 mil habitantes. Os destaques são Itatiaia, Cambuci, Resende e Piraí. Projeto com mosquito modificado ajuda a frear casos de dengue em Niterói Para tentar conter o avanço da doença, o governo do estado está com o programa “Contra a dengue todo dia”. A promessa é reforçar o combate ao mosquito e melhorar o atendimento aos pacientes nas unidades de saúde. “A gente tá vendo uma antecipação do período sazonal da dengue. A gente sabe que ele acontece mais ou menos em abril e maio de cada ano, a gente tem esse aumento de casos, a gente tá vendo isso antecipado”, disse a superintendente em Vigilância da Saúde, Luciane Velasque. A secretaria também diz que, em caso de necessidade, 160 leitos de 9 hospitais de referência do estado poderão ser convertidos para tratamento da dengue, como foi feito na pandemia de Covid. Parque aquático abandonado O antigo Rio Water Planet, em Vargem Grande, está abandonado Reprodução/TV Globo Moradores de Vargem Grande, na Zona Oeste, denunciam que um parque aquático está abandonado e pode servir de foco para a doença. O Rio Water Planet tem muita água parada nas piscinas e toboáguas. O RJ1 já mostrou a situação precária do parque algumas vezes nos últimos anos. O Rio Water Planet foi inaugurado em 1998 e virou febre entre os cariocas — são 400 mil m² aos pés do Maciço da Pedra Branca. Em 2018, o local foi fechado por determinação da Justiça, após uma ação de despejo por falta de pagamento de 4 anos de aluguel. Nos arredores do parque moram milhares de pessoas. Eles contam que o bairro sempre teve muito mosquito, mas que a situação piorou e os casos de dengue têm aumentado. "Um ano pra cá tem piorado", diz José Jacaré, técnico de refrigeração. "Estão aumentando cada dia mais os casos de dengue na comunidade", fala a aposentada Maria Bonfim. Vista área do antigo Parque Rio Water Planet Reprodução/TV Globo O que dizem os citados Sobre a situação do parque aquático, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que monitora o local e faz vistorias a cada 15 dias. A última, segundo a secretaria, foi em 25 de janeiro. Disse também que, além do tratamento com larvicida, os depósitos de água receberam peixes predadores de larvas. O RJ1 não conseguiu contato com os donos do antigo Rio Water Planet.