AGU aceita denúncia sobre fraude em licitação das obras do BRT e engenheiro é afastado
A denúncia foi feita pela Prefeitura de Cuiabá em 10 de agosto, e aceita pela Advocacia-Geral da União nessa quinta-feira (14). Ainda no início de agosto, o engenheiro responsável pela obra, foi afastado. Anteprojeto do BRT em Cuiabá e Várzea Grande Divulgação A Advocacia-Geral da União (AGU) aceitou, nessa quinta-feira (14), a denúncia feita pela Prefeitura de Cuiabá, no dia 10 de agosto, contra as empresas do Grupo Engevix, que supostamente fraudaram a licitação das obras do BRT em Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital. No período da denúncia, o engenheiro responsável pela implementação do modal, Gustavo Garoli, foi demitido. Ao g1 , Garoli confirmou o afastamento, mas informou que não tem relação com a denúncia que agora tramita na AGU. Em março de 2022, o ‘Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda’ foi declarada como o consórcio vencedor da licitatação para as obras, com lance final de R$ 468 milhões. Conforme a denúncia, durante o processo, houve a participação de outros dois consórcios, mas os supostos concorrentes faziam parte do mesmo grupo econômico. O primeiro, denominado "Consórcio Mobilidade MT", era composto pelas empresas Paulitec Construções Ltda e Trail Infraestrutura Ltda, enquanto o segundo, chamado "Consórcio Construtor BRT Cuiabá", era composto pelas empresas Nova Engevix, Heleno & Fonseca Construtécnica SA e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda. O grupo tem conexão com o Consórcio ‘Mobilidade MT’ e, juntos, instituíram o "Consórcio PN Príncipe", responsável pelas obras do Portal do Príncipe, realizadas no Espírito Santo, e o Consórcio Igarapé Lajedo, responsável pelas obras no Município de Parauapebas (PA). O g1 entrou em contato com as empresas do consórcio e com o governo do estado, responsável pela contratação, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria. No início de agosto, o engenheiro responsável pelas obras, foi desligado da Nova Engevix e do Consórcio que está a frente da obra. A prefeitura informou, por meio da denúncia, que o engenheiro foi gerente e representante da empresa Paulitec Construções de setembro de 2017 a maio de 2022, e ocupava o cargo de gerente de obras na Nova Engevix. Além disso, o município apontou uma complexa rede de influência entre autoridades estaduais do Mato Grosso, empresas pertencentes a familiares e conexões com as empresas vencedoras da licitação para o BRT de Cuiabá. A AGU disse que a situação deve ser examinada com cautela, pois existe a possibilidade de motivações políticas, além das informações relevantes para o caso. O órgão também solicitou à prefeitura mais provas sobre o uso de recursos federais no processo licitatório do Regime Diferenciado de Contratação. O Grupo Engevix tem um prazo para responder às alegações da Prefeitura de Cuiabá. ????VLT x BRT O VLT foi projetado para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil e foi marcado pela corrupção e entraves judiciais. A obra paralisada possui 22 quilômetros de extensão entre Cuiabá e Várzea Grande. As obras do projeto, que deveria ter ficado pronto oito anos atrás, já custou mais de R$ 1 bilhão. Em dezembro de 2014, as obras foram interrompidas. Em 2018, o governo do estado rompeu o contrato com o consórcio VLT e, depois, decidiu substituir o modal pelo BRT. Já em dezembro do ano passado, o governo começou a retirar as estruturas que serviriam de suporte para o VLT em Várzea Grande. ???? Entre na comunidade do g1 Mato Grosso
A denúncia foi feita pela Prefeitura de Cuiabá em 10 de agosto, e aceita pela Advocacia-Geral da União nessa quinta-feira (14). Ainda no início de agosto, o engenheiro responsável pela obra, foi afastado. Anteprojeto do BRT em Cuiabá e Várzea Grande Divulgação A Advocacia-Geral da União (AGU) aceitou, nessa quinta-feira (14), a denúncia feita pela Prefeitura de Cuiabá, no dia 10 de agosto, contra as empresas do Grupo Engevix, que supostamente fraudaram a licitação das obras do BRT em Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital. No período da denúncia, o engenheiro responsável pela implementação do modal, Gustavo Garoli, foi demitido. Ao g1 , Garoli confirmou o afastamento, mas informou que não tem relação com a denúncia que agora tramita na AGU. Em março de 2022, o ‘Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda’ foi declarada como o consórcio vencedor da licitatação para as obras, com lance final de R$ 468 milhões. Conforme a denúncia, durante o processo, houve a participação de outros dois consórcios, mas os supostos concorrentes faziam parte do mesmo grupo econômico. O primeiro, denominado "Consórcio Mobilidade MT", era composto pelas empresas Paulitec Construções Ltda e Trail Infraestrutura Ltda, enquanto o segundo, chamado "Consórcio Construtor BRT Cuiabá", era composto pelas empresas Nova Engevix, Heleno & Fonseca Construtécnica SA e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda. O grupo tem conexão com o Consórcio ‘Mobilidade MT’ e, juntos, instituíram o "Consórcio PN Príncipe", responsável pelas obras do Portal do Príncipe, realizadas no Espírito Santo, e o Consórcio Igarapé Lajedo, responsável pelas obras no Município de Parauapebas (PA). O g1 entrou em contato com as empresas do consórcio e com o governo do estado, responsável pela contratação, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria. No início de agosto, o engenheiro responsável pelas obras, foi desligado da Nova Engevix e do Consórcio que está a frente da obra. A prefeitura informou, por meio da denúncia, que o engenheiro foi gerente e representante da empresa Paulitec Construções de setembro de 2017 a maio de 2022, e ocupava o cargo de gerente de obras na Nova Engevix. Além disso, o município apontou uma complexa rede de influência entre autoridades estaduais do Mato Grosso, empresas pertencentes a familiares e conexões com as empresas vencedoras da licitação para o BRT de Cuiabá. A AGU disse que a situação deve ser examinada com cautela, pois existe a possibilidade de motivações políticas, além das informações relevantes para o caso. O órgão também solicitou à prefeitura mais provas sobre o uso de recursos federais no processo licitatório do Regime Diferenciado de Contratação. O Grupo Engevix tem um prazo para responder às alegações da Prefeitura de Cuiabá. ????VLT x BRT O VLT foi projetado para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil e foi marcado pela corrupção e entraves judiciais. A obra paralisada possui 22 quilômetros de extensão entre Cuiabá e Várzea Grande. As obras do projeto, que deveria ter ficado pronto oito anos atrás, já custou mais de R$ 1 bilhão. Em dezembro de 2014, as obras foram interrompidas. Em 2018, o governo do estado rompeu o contrato com o consórcio VLT e, depois, decidiu substituir o modal pelo BRT. Já em dezembro do ano passado, o governo começou a retirar as estruturas que serviriam de suporte para o VLT em Várzea Grande. ???? Entre na comunidade do g1 Mato Grosso