Primatas e tecnologia: área de exploração de rochas é abrigo para espécies de macacos no Pantanal
O Maciço do Urucum tornou-se abrigo de diversas espécies de primatas, como o macaco-prego, bugio-preto, sagui-de-rabo-preto, macaco-da-noite e o boca d’água. A área rica em minerais, é explorada intensamente desde 1906 TV Morena, Semadesc/Fabiano do Valle O Maciço do Urucum, uma formação rochosa, em Corumbá (MS), é um verdadeiro abrigo para diversas espécies de primatas, como o macaco-prego, bugio-preto, sagui-de-rabo-preto, macaco-da-noite e o boca d’água. De um lado, a extensa exploração. Do outro, a preservação da fauna local. Especialistas trabalham aliando tecnologia para a conservação do ecossistema da região A área rica em minerais, é explorada intensamente desde 1906, quando uma mineradora belga recebeu autorização para operar jazidas de manganês. A vegetação tem sofrido com os impactos da grande exploração. Diante da fauna exuberante e da exploração financeira das jazidas, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sugeriu uma avaliação técnica para visualizar como a exploração de minério pode afetar a ecossistema da região. Thainan Bornato, do Escritório Técnico de Corumbá, explica sobre a importância da mitigação dos impactos e sobre as estratégias que devem ser aplicadas para não afetar os primatas que vivem no maciço. “É importante você estudar a movimentação dos animais, no caso ali dos primatas, para você entender qual é o local que esse animal se alimenta, qual é o local que ele se reproduz, quais que são as áreas que ele habita e você propor estratégias de mitigação para que esses animais continuem ali naquele local, que seja impactado o menos possível”, explica Bornato. O Ibama sugeriu uma avaliação técnica para visualizar como a exploração de minério pode afetar a fauna e flora na região Escritório Técnico de Corumbá, TV Morena/Fabiano do Valle A partir da recomendação do Ibama, foi criado o Programa de Monitoramento de Primatas, liderado pela bióloga Carolina Martins Garcia, que explica o porquê dos monitorados dos macacos. “Os primatas são os melhores bioindicadores porque eles são extremamente sensíveis à perda e fragmentação de vegetação e, também, porque dependem desse ambiente. É o que a gente chama de ser uma espécie de modelo, uma espécie bioindicadora de impacto ambiental.”, explica a profissional. Além da importância para pesquisas, Carolina reitera que os primatas vivem no alto das árvores, se reproduzem, alimentam e quando há a perda de vegetação, são obrigados a sobreviver. O maciço é lar de diversas espécies como macaco-prego, bugio-preto, sagui-de-rabo-preto, macaco-da-noite e o boca d’água TV Morena/Fabiano do Valle Atualmente, o programa está sob gestão do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). Yasmin Aguerro, bióloga da Sauá Consultoria Ambiental, exemplifica sobre os corredores verdes e a influência para o equilíbrio ambiental. “Os corredores são essenciais, até porque esses animais estão numa área que tem supressão, tem área de lavra, então a gente precisa garantir as áreas em que eles precisam ter as necessidades básicas para se alimentar, para se reproduzir, manter os corredores, as áreas que são mais importantes para que eles transitem também, até porque eles têm a área de impacto direto e área de impacto indireta”, diz Aguerro. Monitoramento Macaco-prego é uma das espécies monitoradas pelo projeto coordenado pelo Imasul TV Morena/Fabiano do Valle O macaco-prego, animal em extinção no Brasil, é o mais monitorado do programa. Essa espécie anda em grupos numerosos, chegando a mais de 30 indivíduos e podem ocupar áreas de 400 hectares, sendo a maior concentração de primatas no estado. A bióloga Carolina Martins Garcia, citou outras espécies que estão presentes e monitoradas na região. Veja abaixo: Sagui-de-rabo-preto (espécie amazônica) Bugio-preto Macaco-da-noite (espécie nativa de Corumbá e ladário) Boca D'água (espécie ainda sendo estudada) Tecnologia e inovação O colar é fundamental para os pesquisadores e a frequência emitida otimiza o trabalho das equipes TV Morena/Fabiano do Valle Para pesquisar e capturar os animais, são usados métodos de GPS e telemetria em coleiras, feitas especificamente sob medida para não incomodar os bichos. O equipamento emite sinais com dados de movimentação entorno da mineração. Com o equipamento, foram registradas 10 mil coordenadas geográficas entre 2021 e 2023. “Essa coleira possui um módulo de GPS que comunica com o satélite e o satélite envia as informações das coordenadas geográficas. Então vai ver a informação da coordenada exata do horário e da data daquela coordenada. Então a gente sabe onde ele passou, que horas e qual data ele passou naquele local. Além disso, essas coleiras também têm uma pilha e um radiotransmissor. É esse radiotransmissor que permite a gente encontrar o animal”, afirma Carolina Martins Garcia. A escolha do animal deve atender características específicas como peso, circunferência do pescoço e as fêmeas não podem estar prenhas
O Maciço do Urucum tornou-se abrigo de diversas espécies de primatas, como o macaco-prego, bugio-preto, sagui-de-rabo-preto, macaco-da-noite e o boca d’água. A área rica em minerais, é explorada intensamente desde 1906 TV Morena, Semadesc/Fabiano do Valle O Maciço do Urucum, uma formação rochosa, em Corumbá (MS), é um verdadeiro abrigo para diversas espécies de primatas, como o macaco-prego, bugio-preto, sagui-de-rabo-preto, macaco-da-noite e o boca d’água. De um lado, a extensa exploração. Do outro, a preservação da fauna local. Especialistas trabalham aliando tecnologia para a conservação do ecossistema da região A área rica em minerais, é explorada intensamente desde 1906, quando uma mineradora belga recebeu autorização para operar jazidas de manganês. A vegetação tem sofrido com os impactos da grande exploração. Diante da fauna exuberante e da exploração financeira das jazidas, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sugeriu uma avaliação técnica para visualizar como a exploração de minério pode afetar a ecossistema da região. Thainan Bornato, do Escritório Técnico de Corumbá, explica sobre a importância da mitigação dos impactos e sobre as estratégias que devem ser aplicadas para não afetar os primatas que vivem no maciço. “É importante você estudar a movimentação dos animais, no caso ali dos primatas, para você entender qual é o local que esse animal se alimenta, qual é o local que ele se reproduz, quais que são as áreas que ele habita e você propor estratégias de mitigação para que esses animais continuem ali naquele local, que seja impactado o menos possível”, explica Bornato. O Ibama sugeriu uma avaliação técnica para visualizar como a exploração de minério pode afetar a fauna e flora na região Escritório Técnico de Corumbá, TV Morena/Fabiano do Valle A partir da recomendação do Ibama, foi criado o Programa de Monitoramento de Primatas, liderado pela bióloga Carolina Martins Garcia, que explica o porquê dos monitorados dos macacos. “Os primatas são os melhores bioindicadores porque eles são extremamente sensíveis à perda e fragmentação de vegetação e, também, porque dependem desse ambiente. É o que a gente chama de ser uma espécie de modelo, uma espécie bioindicadora de impacto ambiental.”, explica a profissional. Além da importância para pesquisas, Carolina reitera que os primatas vivem no alto das árvores, se reproduzem, alimentam e quando há a perda de vegetação, são obrigados a sobreviver. O maciço é lar de diversas espécies como macaco-prego, bugio-preto, sagui-de-rabo-preto, macaco-da-noite e o boca d’água TV Morena/Fabiano do Valle Atualmente, o programa está sob gestão do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). Yasmin Aguerro, bióloga da Sauá Consultoria Ambiental, exemplifica sobre os corredores verdes e a influência para o equilíbrio ambiental. “Os corredores são essenciais, até porque esses animais estão numa área que tem supressão, tem área de lavra, então a gente precisa garantir as áreas em que eles precisam ter as necessidades básicas para se alimentar, para se reproduzir, manter os corredores, as áreas que são mais importantes para que eles transitem também, até porque eles têm a área de impacto direto e área de impacto indireta”, diz Aguerro. Monitoramento Macaco-prego é uma das espécies monitoradas pelo projeto coordenado pelo Imasul TV Morena/Fabiano do Valle O macaco-prego, animal em extinção no Brasil, é o mais monitorado do programa. Essa espécie anda em grupos numerosos, chegando a mais de 30 indivíduos e podem ocupar áreas de 400 hectares, sendo a maior concentração de primatas no estado. A bióloga Carolina Martins Garcia, citou outras espécies que estão presentes e monitoradas na região. Veja abaixo: Sagui-de-rabo-preto (espécie amazônica) Bugio-preto Macaco-da-noite (espécie nativa de Corumbá e ladário) Boca D'água (espécie ainda sendo estudada) Tecnologia e inovação O colar é fundamental para os pesquisadores e a frequência emitida otimiza o trabalho das equipes TV Morena/Fabiano do Valle Para pesquisar e capturar os animais, são usados métodos de GPS e telemetria em coleiras, feitas especificamente sob medida para não incomodar os bichos. O equipamento emite sinais com dados de movimentação entorno da mineração. Com o equipamento, foram registradas 10 mil coordenadas geográficas entre 2021 e 2023. “Essa coleira possui um módulo de GPS que comunica com o satélite e o satélite envia as informações das coordenadas geográficas. Então vai ver a informação da coordenada exata do horário e da data daquela coordenada. Então a gente sabe onde ele passou, que horas e qual data ele passou naquele local. Além disso, essas coleiras também têm uma pilha e um radiotransmissor. É esse radiotransmissor que permite a gente encontrar o animal”, afirma Carolina Martins Garcia. A escolha do animal deve atender características específicas como peso, circunferência do pescoço e as fêmeas não podem estar prenhas e com filhotes. Responsável por verificar a saúde do animal e realizar o procedimento, Wanessa Barreto, médica veterinária do projeto, explica como funciona o processo de captura dos primatas. Os primatas são avaliados e recebem a coleira de monitoramento TV Morena/Fabiano do Valle “Quando o animal é capturado, o primeiro passo é estimar o peso e isso vai servir para a gente definir se ele pode ser equipado com colar GPS e para calcular o volume de anestésico a ser aplicado. Então a gente avalia os batimentos cardíacos, a temperatura, a frequência respiratória. E, feito isso, essa primeira abordagem inicial, o animal é equipado com o colar GPS, ou é feita a remoção. E a gente faz também a coleta de material biológico para estudos de genética e de saúde. Feito todos os procedimentos, a gente faz a aplicação de um reversor anestésico. Então o animal é mantido dentro da armadilha, até que ele possa ser solto em segurança no mesmo local que ele foi capturado”, conta Barreto. Uma armadilha fotográfica também é usada para registrar imagens dos animais a partir do movimento e calor. Coleira de monitoramento usada nos primatas TV Morena/Fabiano do Valle “A gente consegue observar as fêmeas com colários que frequentam a plataforma. Como também a gente tenta observar quantos indivíduos têm, machos, fêmeas, o grupo, a faixa etária e também a gente consegue observar outros animais visitando a plataforma, como coates, iraras, aves”, explica Yasmin Aguerro. De acordo com os pesquisadores, o colar é fundamental para os pesquisadores e a frequência emitida otimiza o trabalho das equipes. *Estagiárias sob supervisão de José Câmara e Lucas Lélis. Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: