Sete partidos 100�avor, três 100% contra: veja como a Câmara se dividiu ao aprovar marco fiscal
Sete partidos 100�avor, três 100% contra: veja como a Câmara se dividiu ao aprovar marco fiscal
Um terço da bancada do PL, partido do ex-presidente Bolsonaro, apoiou projeto do governo Lula. Novo e PSOL, opostos no espectro político, votaram de forma unânime contra o arcabouço. Câmara aprova texto-base do arcabouço fiscal
A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (24) o texto-base do novo arcabouço fiscal – projeto que, se sancionado, vai substituir o teto de gastos como mecanismo para controle das contas públicas do governo federal. O texto ainda precisa passar pelo Senado.
O placar foi amplo, de 372 votos favoráveis e 108 contrários. Esse apoio seria suficiente, por exemplo, para aprovar uma proposta de emenda à Constituição (PEC). O novo marco fiscal consta em um projeto de lei complementar, que requer um placar mais modesto.
PLACAR: Veja como votou cada deputado
JULIA DUAILIBI: Como deve ser votação no Senado
Os números registrados no painel eletrônico da Câmara, no entanto, não são um bom parâmetro para medir a base aliada do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Um em cada três deputados do PL (partido do ex-presidente Jair Bolsonaro), por exemplo, votou a favor do arcabouço fiscal. Foram 30 votos "sim" da legenda, ao todo, mas o partido classifica a si mesmo como oposição ao governo e não deve entregar o mesmo apoio em outros textos.
Já os 12 deputados presentes do PSOL e o deputado Túlio Gadelha (PE), único representante da Rede Sustentabilidade, votaram pela rejeição do marco fiscal. Eles integram a base do governo, mas defendiam um texto menos restritivo em relação a gastos sociais, por exemplo.
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Veja na tabela abaixo o apoio dado por cada partido na votação do arcabouço fiscal:
Mapa de votação - arcabouço fiscal na Câmara
Arthur Lira vê 'evolução'
Em entrevista na saída do plenário, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que, apesar de não ser possível usar a votação como parâmetro para medir a base do governo, o apoio expressivo ao texto mostra uma "evolução".
"Eu penso que não [dá pra medir o tamanho da base pelo resultado do arcabouço]. Mas é uma evolução. Estamos trabalhando para que isso se concretize. Sempre disse a todos que nós seremos os facilitadores do que for bom para o país", disse.
Na noite de terça, a Câmara aprovou apenas o texto-base do arcabouço. Nesta quarta (24), os deputados devem apreciar quatro "destaques" ao projeto – propostas de alteração que serão votadas em separado.
Quando a votação for concluída, o texto será enviado para o Senado, onde também precisa ser votado em plenário.
Os números dos partidos
Entre os 21 partidos que participaram da votação,
sete votaram "sim" de forma unânime: Avante, Cidadania, PCdoB, PDT, PSB, PT e Solidariedade.
três votaram "não" de forma unânime: Novo, PSOL e Rede.
Os três partidos com rejeição unânime já haviam votado da mesma forma na semana passada, quando a Câmara aprovou a urgência do texto (e com isso, dispensou a tramitação do novo arcabouço fiscal nas comissões temáticas da Casa).
As três siglas dizem ser contra o modelo de marco fiscal que está sendo proposto, por motivos opostos.
O Novo, de viés liberal, avalia que o projeto reduz a austeridade fiscal em relação ao atual teto de gastos, ou seja, permite uma gastança maior do governo sem o controle devido. Já Rede e PSOL, de esquerda, fazem a avaliação contrária: dizem que o arcabouço, se aprovado, vai comprimir as despesas sociais.
Duailibi: aprovação do novo arcabouço fiscal deve ser fácil no Senado
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O placar foi amplo, de 372 votos favoráveis e 108 contrários. Esse apoio seria suficiente, por exemplo, para aprovar uma proposta de emenda à Constituição (PEC). O novo marco fiscal consta em um projeto de lei complementar, que requer um placar mais modesto.
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Já os 12 deputados presentes do PSOL e o deputado Túlio Gadelha (PE), único representante da Rede Sustentabilidade, votaram pela rejeição do marco fiscal. Eles integram a base do governo, mas defendiam um texto menos restritivo em relação a gastos sociais, por exemplo.
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Em entrevista na saída do plenário, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que, apesar de não ser possível usar a votação como parâmetro para medir a base do governo, o apoio expressivo ao texto mostra uma "evolução".
"Eu penso que não [dá pra medir o tamanho da base pelo resultado do arcabouço]. Mas é uma evolução. Estamos trabalhando para que isso se concretize. Sempre disse a todos que nós seremos os facilitadores do que for bom para o país", disse.
Na noite de terça, a Câmara aprovou apenas o texto-base do arcabouço. Nesta quarta (24), os deputados devem apreciar quatro "destaques" ao projeto – propostas de alteração que serão votadas em separado.
Quando a votação for concluída, o texto será enviado para o Senado, onde também precisa ser votado em plenário.
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Entre os 21 partidos que participaram da votação,
sete votaram "sim" de forma unânime: Avante, Cidadania, PCdoB, PDT, PSB, PT e Solidariedade.
três votaram "não" de forma unânime: Novo, PSOL e Rede.
Os três partidos com rejeição unânime já haviam votado da mesma forma na semana passada, quando a Câmara aprovou a urgência do texto (e com isso, dispensou a tramitação do novo arcabouço fiscal nas comissões temáticas da Casa).
As três siglas dizem ser contra o modelo de marco fiscal que está sendo proposto, por motivos opostos.
O Novo, de viés liberal, avalia que o projeto reduz a austeridade fiscal em relação ao atual teto de gastos, ou seja, permite uma gastança maior do governo sem o controle devido. Já Rede e PSOL, de esquerda, fazem a avaliação contrária: dizem que o arcabouço, se aprovado, vai comprimir as despesas sociais.
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