Corregedoria da Polícia Civil indicia Maurício Demétrio na cadeia por forjar operação contra outro delegado

Notificação faz parte do Processo Administrativo Disciplinar que apura que Demétrio forjou a prisão do também delegado Marcelo Machado, em março de 2021. Sua defesa agora tem 10 dias para se manifestar antes da decisão do secretário da pasta de expulsá-lo ou não da instituição. Delegado preso chega à sede da Polícia Civil no Centro O delegado Maurício Demétrio foi indiciado por uma equipe da Corregedoria Interna da Polícia Civil na tarde desta terça-feira (3) na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste da cidade. A notificação aconteceu diante de advogados de Demétrio. O g1 apurou que o indiciamento faz parte do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que apura se a prisão do delegado Marcelo Machado, em março de 2021, foi forjada. Além de Demétrio, outros três inspetores da Polícia Civil também foram notificados. Na época, o delegado Marcelo Machado foi detido na Operação "Raposa no galinheiro". Segundo se informou na época, o delegado investigava a Delegacia de Combate à Pirataria no período em que esteve na Corregedoria da Polícia Civil. Machado era suspeito de ter montado uma empresa de confecção de roupas piratas. A confecção teria produzido roupas com imagens de personagens que ficaram famosos no cinema e nos quadrinhos. O caso também foi investigado e denunciado pelo Ministério Público estadual do RJ. De acordo com a apuração dos órgãos, Demétrio, “utilizando uma conta falsa no Whatsapp, para garantir o anonimato e alegando ter autorização dos titulares dos direitos autorais, encomendou a produção de 1.000 camisas”. “Ato seguinte, [Demétrio] conseguiu a expedição de mandados de busca e apreensão das peças de roupa, acabando por prender em flagrante o delegado Marcelo Machado e seu sócio”, emendaram. O pedido de busca foi feito antes mesmo de as camisas terem ficado prontas. Segundo a denúncia, um policial se passou por uma compradora para fechar negócio, mas protelou a entrega o quanto pôde, a fim de obter mais informações contra Machado. “A operação fake foi minuciosamente planejada e teve ampla cobertura jornalística, permitindo que Demétrio, após ludibriar o MPRJ e o Judiciário, tivesse espaço nos veículos de comunicação para caluniar e desacreditar vários daqueles que se colocaram como empecilho para a atuação da organização.”, explicaram os promotores em 2021. O MPRJ disse ainda que a Operação Raposa no Galinheiro teve uma segunda fase, em uma “outra ação espetaculosa”, desta vez na Rua Teresa — mas para coagir testemunhas. Delegado Maurício Demétrio em operação forjada, segundo o MPRJ Reprodução Demétrio responde ainda a diversas acusações na Justiça: abuso de autoridade, denunciação caluniosa e fraude processual. Um dos casos em que se tornou réu é por falsidade ideológica. O delegado é suspeito de fraudar 11 multas por infrações de trânsito em pouco mais de um ano. O indiciamento é uma das etapas do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que pode resultar na demissão do delegado. Os advogados de Maurício Demétrio têm agora 10 dias para apresentarem a defesa do policial. Logo depois, a corregedoria entrega ao secretário estadual de Polícia Civil um relatório final sobre caso. Aí, o delegado Felipe Curi, novo titular da pasta, decide se expulsa ou não Maurício Demétrio da instituição.

Corregedoria da Polícia Civil indicia Maurício Demétrio na cadeia por forjar operação contra outro delegado

Notificação faz parte do Processo Administrativo Disciplinar que apura que Demétrio forjou a prisão do também delegado Marcelo Machado, em março de 2021. Sua defesa agora tem 10 dias para se manifestar antes da decisão do secretário da pasta de expulsá-lo ou não da instituição. Delegado preso chega à sede da Polícia Civil no Centro O delegado Maurício Demétrio foi indiciado por uma equipe da Corregedoria Interna da Polícia Civil na tarde desta terça-feira (3) na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste da cidade. A notificação aconteceu diante de advogados de Demétrio. O g1 apurou que o indiciamento faz parte do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que apura se a prisão do delegado Marcelo Machado, em março de 2021, foi forjada. Além de Demétrio, outros três inspetores da Polícia Civil também foram notificados. Na época, o delegado Marcelo Machado foi detido na Operação "Raposa no galinheiro". Segundo se informou na época, o delegado investigava a Delegacia de Combate à Pirataria no período em que esteve na Corregedoria da Polícia Civil. Machado era suspeito de ter montado uma empresa de confecção de roupas piratas. A confecção teria produzido roupas com imagens de personagens que ficaram famosos no cinema e nos quadrinhos. O caso também foi investigado e denunciado pelo Ministério Público estadual do RJ. De acordo com a apuração dos órgãos, Demétrio, “utilizando uma conta falsa no Whatsapp, para garantir o anonimato e alegando ter autorização dos titulares dos direitos autorais, encomendou a produção de 1.000 camisas”. “Ato seguinte, [Demétrio] conseguiu a expedição de mandados de busca e apreensão das peças de roupa, acabando por prender em flagrante o delegado Marcelo Machado e seu sócio”, emendaram. O pedido de busca foi feito antes mesmo de as camisas terem ficado prontas. Segundo a denúncia, um policial se passou por uma compradora para fechar negócio, mas protelou a entrega o quanto pôde, a fim de obter mais informações contra Machado. “A operação fake foi minuciosamente planejada e teve ampla cobertura jornalística, permitindo que Demétrio, após ludibriar o MPRJ e o Judiciário, tivesse espaço nos veículos de comunicação para caluniar e desacreditar vários daqueles que se colocaram como empecilho para a atuação da organização.”, explicaram os promotores em 2021. O MPRJ disse ainda que a Operação Raposa no Galinheiro teve uma segunda fase, em uma “outra ação espetaculosa”, desta vez na Rua Teresa — mas para coagir testemunhas. Delegado Maurício Demétrio em operação forjada, segundo o MPRJ Reprodução Demétrio responde ainda a diversas acusações na Justiça: abuso de autoridade, denunciação caluniosa e fraude processual. Um dos casos em que se tornou réu é por falsidade ideológica. O delegado é suspeito de fraudar 11 multas por infrações de trânsito em pouco mais de um ano. O indiciamento é uma das etapas do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que pode resultar na demissão do delegado. Os advogados de Maurício Demétrio têm agora 10 dias para apresentarem a defesa do policial. Logo depois, a corregedoria entrega ao secretário estadual de Polícia Civil um relatório final sobre caso. Aí, o delegado Felipe Curi, novo titular da pasta, decide se expulsa ou não Maurício Demétrio da instituição.