Na Bolívia, Lula reforça discurso de integração regional e defende a volta da Venezuela para o Mercosul

Brasil e Bolívia assinaram 10 acordos, entre eles um para permitir que as indústrias brasileiras importem o gás da Bolívia sem a intermediação da Petrobras. Na Bolívia, Lula diz que espera Venezuela de volta ao Mercosul. O presidente Lula está na Bolívia em visita oficial. A Bolívia vive uma grave crise política depois de uma tentativa de golpe de Estado em junho. E o boom econômico provocado pelo gás natural, na virada do milênio, ficou para trás. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, anunciou investimentos de US$ 40 milhões para explorar gás no departamento de Tarija a partir de 2025. Depois de uma reunião de trabalho com o presidente Luis Arce, Brasil e Bolívia assinaram dez acordos para obras de infraestrutura, interconexão elétrica, combater o crime organizado e para permitir que as indústrias brasileiras importem o gás da Bolívia sem a intermediação da Petrobras. Em um pronunciamento rápido à imprensa ao lado de Arce, Lula voltou a condenar a tentativa de golpe na Bolívia; disse que não se pode tolerar o que chamou de desvaneios autoritários e golpistas e, reforçando a posição brasileira no Mercosul, defendeu a integração regional. "Quanto mais sólida for nossa parceria, menor será o apelo dos que pregam divisões. O bom comportamento do Mercosul, que agora tem a satisfação de acolher a Bolívia como membro pleno, concorre para prosperidade comum. Esperamos também poder receber logo e muito rapidamente de volta a Venezuela. A normalização da vida política venezuelana significa estabilidade para toda a América do Sul. Por isso, fazemos votos de que as eleições transcorram de forma tranquila e que o resultado seja reconhecido por todos”, afirmou o presidente do Brasil. Lula disse que, na conversa, Arce mostrou interesse em participar do Brics - bloco criado pelo Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul, mas que recentemente abriu as portas a outros países emergentes -, e convidou o presidente boliviano a participar da Cúpula do G20 no Rio, em novembro. O último compromisso de Lula foi um encontro com empresários no Fórum Brasil-Bolívia. LEIA TAMBÉM Na Bolívia, Lula diz que integração 'é uma necessidade de sobrevivência' e defende volta da Venezuela ao Mercosul Mercosul: Lula diz que 'não há atalho na democracia' na região, mas que é preciso permanecer vigilante contra 'falsos democratas'

Na Bolívia, Lula reforça discurso de integração regional e defende a volta da Venezuela para o Mercosul
Brasil e Bolívia assinaram 10 acordos, entre eles um para permitir que as indústrias brasileiras importem o gás da Bolívia sem a intermediação da Petrobras. Na Bolívia, Lula diz que espera Venezuela de volta ao Mercosul. O presidente Lula está na Bolívia em visita oficial. A Bolívia vive uma grave crise política depois de uma tentativa de golpe de Estado em junho. E o boom econômico provocado pelo gás natural, na virada do milênio, ficou para trás. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, anunciou investimentos de US$ 40 milhões para explorar gás no departamento de Tarija a partir de 2025. Depois de uma reunião de trabalho com o presidente Luis Arce, Brasil e Bolívia assinaram dez acordos para obras de infraestrutura, interconexão elétrica, combater o crime organizado e para permitir que as indústrias brasileiras importem o gás da Bolívia sem a intermediação da Petrobras. Em um pronunciamento rápido à imprensa ao lado de Arce, Lula voltou a condenar a tentativa de golpe na Bolívia; disse que não se pode tolerar o que chamou de desvaneios autoritários e golpistas e, reforçando a posição brasileira no Mercosul, defendeu a integração regional. "Quanto mais sólida for nossa parceria, menor será o apelo dos que pregam divisões. O bom comportamento do Mercosul, que agora tem a satisfação de acolher a Bolívia como membro pleno, concorre para prosperidade comum. Esperamos também poder receber logo e muito rapidamente de volta a Venezuela. A normalização da vida política venezuelana significa estabilidade para toda a América do Sul. Por isso, fazemos votos de que as eleições transcorram de forma tranquila e que o resultado seja reconhecido por todos”, afirmou o presidente do Brasil. Lula disse que, na conversa, Arce mostrou interesse em participar do Brics - bloco criado pelo Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul, mas que recentemente abriu as portas a outros países emergentes -, e convidou o presidente boliviano a participar da Cúpula do G20 no Rio, em novembro. O último compromisso de Lula foi um encontro com empresários no Fórum Brasil-Bolívia. LEIA TAMBÉM Na Bolívia, Lula diz que integração 'é uma necessidade de sobrevivência' e defende volta da Venezuela ao Mercosul Mercosul: Lula diz que 'não há atalho na democracia' na região, mas que é preciso permanecer vigilante contra 'falsos democratas'