'Precisamos dar limites', diz ministro da Educação sobre veto de celulares nas escolas

Comissão de Educação da Câmara de Deputados aprovou, nesta quarta-feira (30), o PL que trata da proibição dos aparelhos. Ministro da Educação Camilo Santana em evento em Fortaleza. Luiza Tenente/g1 O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que "é preciso dar limites" para crianças e adolescentes no uso de celulares. Na reunião ministerial do G20, nesta quarta-feira (30), em Fortaleza, ele confirmou que é consenso no MEC a necessidade de vetar os aparelhos nas escolas, principalmente em sala de aula. A pasta desistiu de apresentar uma proposta própria, de alcance nacional, para implementar essas restrições, e optou por "aproveitar" os projetos de lei que já tramitavam na Casa. Na manhã desta quarta, o PL 104/2015, que trata do tema, foi aprovado pelos deputados na Comissão de Educação e agora seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Depois, ainda será debatido no plenário e, em seguida, no Senado. ➡️Inicialmente, o texto propunha vetar celulares apenas em sala de aula, e não nos intervalos ou no recreio. Mas, na discussão nessa Comissão de Educação, os parlamentares sugeriram que a proibição se estenda também aos momentos de lazer. Santana deixou claro que, pessoalmente, concorda em proibir os smartphones durante todo o período letivo. "Eu iria além, porque [os celulares] acabam com a socialização entre os alunos. Quando eu estava na escola, jogava bola e ia para a biblioteca. Precisamos dar limites", diz. "Ninguém conversa mais nem em restaurantes." O ministro enfatizou que a prioridade é permitir o uso de smartphones apenas para fins pedagógicos ou em casos excepcionais (como para alunos com deficiência que usam tecnologia assistiva). Sem celular na escola: alunos citam 'crises de abstinência', melhora nas notas e mais socialização Discussões com outros ministros Durante o Encontro Ministerial no G20, Camilo Santana e secretários da pasta discutiram com representantes de outros países sobre as experiências já colocadas em prática para proibir smartphones nas escolas. "Nas [reuniões] bilaterais com vários ministros, ontem e hoje, [falamos que] muito países estão regulamentando o uso desse equipamento nas escolas. O Brasil tem algumas leis municipais e estaduais já implementadas, mas a ideia é ter um projeto nacional", afirma Santana. "O MEC tem ouvido os conselhos estaduais e municipais de educação, especialistas e experiências importantes em outros países. [...] É importante ter um limite." Celular proibido nas escolas?

'Precisamos dar limites', diz ministro da Educação sobre veto de celulares nas escolas

Comissão de Educação da Câmara de Deputados aprovou, nesta quarta-feira (30), o PL que trata da proibição dos aparelhos. Ministro da Educação Camilo Santana em evento em Fortaleza. Luiza Tenente/g1 O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que "é preciso dar limites" para crianças e adolescentes no uso de celulares. Na reunião ministerial do G20, nesta quarta-feira (30), em Fortaleza, ele confirmou que é consenso no MEC a necessidade de vetar os aparelhos nas escolas, principalmente em sala de aula. A pasta desistiu de apresentar uma proposta própria, de alcance nacional, para implementar essas restrições, e optou por "aproveitar" os projetos de lei que já tramitavam na Casa. Na manhã desta quarta, o PL 104/2015, que trata do tema, foi aprovado pelos deputados na Comissão de Educação e agora seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Depois, ainda será debatido no plenário e, em seguida, no Senado. ➡️Inicialmente, o texto propunha vetar celulares apenas em sala de aula, e não nos intervalos ou no recreio. Mas, na discussão nessa Comissão de Educação, os parlamentares sugeriram que a proibição se estenda também aos momentos de lazer. Santana deixou claro que, pessoalmente, concorda em proibir os smartphones durante todo o período letivo. "Eu iria além, porque [os celulares] acabam com a socialização entre os alunos. Quando eu estava na escola, jogava bola e ia para a biblioteca. Precisamos dar limites", diz. "Ninguém conversa mais nem em restaurantes." O ministro enfatizou que a prioridade é permitir o uso de smartphones apenas para fins pedagógicos ou em casos excepcionais (como para alunos com deficiência que usam tecnologia assistiva). Sem celular na escola: alunos citam 'crises de abstinência', melhora nas notas e mais socialização Discussões com outros ministros Durante o Encontro Ministerial no G20, Camilo Santana e secretários da pasta discutiram com representantes de outros países sobre as experiências já colocadas em prática para proibir smartphones nas escolas. "Nas [reuniões] bilaterais com vários ministros, ontem e hoje, [falamos que] muito países estão regulamentando o uso desse equipamento nas escolas. O Brasil tem algumas leis municipais e estaduais já implementadas, mas a ideia é ter um projeto nacional", afirma Santana. "O MEC tem ouvido os conselhos estaduais e municipais de educação, especialistas e experiências importantes em outros países. [...] É importante ter um limite." Celular proibido nas escolas?