'É fundamental que o paciente conheça sua doença', ensina apresentador com esclerose múltipla

Montel Williams foi diagnosticado em 1999 e se dedica a compartilhar o que aprendeu sobre a enfermidade A data foi instituída nos Estados Unidos, mas merecia ter um espaço em nosso calendário: 11 de maio é Dia da Consciência sobre a Saúde Mental dos Idosos. Foi quando assisti a um simpósio on-line cujo principal palestrante era o apresentador Montel Williams, titular de um popular talk show durante quase duas décadas. Em 1999, aos 43 anos, foi diagnosticado com esclerose múltipla, doença que veio acompanhada de uma depressão severa e dores lancinantes. Sua jornada para vencer as limitações o transformou e hoje ele se dedica a compartilhar o que aprendeu: Montel Williams: apresentador compartilha o que aprendeu ao lidar com a esclerose múltipla Divulgação “É preciso que acreditemos em nossa força interna, em nosso próprio poder, porque boa parte do tratamento depende de nós. É fundamental que o paciente conheça sua doença, busque o máximo de informação, porque médicos não são deuses, nem sabem tudo. Se nos guiarmos apenas pelo diagnóstico, estaremos restritos à expectativa deles. Na época, ouvi coisas como: ‘em cinco anos, você estará numa cadeira de rodas’; ou que podia esperar mais dez anos de vida. Como alguém pode dizer tal coisa sem me conhecer?”. O objetivo de Williams foi se tornar “íntimo” de sua enfermidade. “Ainda não havia internet e mergulhei nos livros para aprender o máximo que pude. Não me dei por vencido”, lembrou. O primeiro passo foi mudar seu estilo de vida, privilegiando a atividade física e uma alimentação de qualidade: “Exercício é bom, não importa a idade, e o que ingerimos tem impacto direto no nível de inflamação do organismo. Eu tenho esclerose múltipla, mas ela não me tem. As pessoas devem acreditar no seu poder interior”. Em 2013, o apresentador criou um programa de saúde e fitness. Tornou-se um defensor do uso da maconha para fins medicinais, já que a droga foi valiosa para o controle da dor. “Quero estar ocupando vivendo, e não morrendo, por isso estou atento a todos os novos protocolos e tratamentos que surgem. Vale para a esclerose múltipla, mas também para câncer, lúpus ou fibromialgia”, afirmou, acrescentando que é preciso demonstrar nossa gratidão por todos que nos dão apoio: “Escreva uma carta ou um bilhete para quem esteve ao seu lado, dizendo que espera que essa pessoa saiba o quanto é importante para você”. A esclerose múltipla é uma doença neurológica autoimune crônica, provocada por mecanismos inflamatórios e degenerativos que comprometem a bainha de mielina que reveste os neurônios das substâncias branca e cinzenta do sistema nervoso central. No Brasil, estima-se que existam 40 mil casos da doença, que atinge predominantemente mulheres e indivíduos na faixa entre os 20 e 40 anos. O quadro inflamatório afeta as funções coordenadas pelo cérebro, cerebelo, tronco encefálico e medula espinhal, produzindo sintomas como fraqueza, perda da força muscular, falta de coordenação, dor ou queimação na face, alterações na visão, alterações de humor, depressão e ansiedade.

'É fundamental que o paciente conheça sua doença', ensina apresentador com esclerose múltipla

Montel Williams foi diagnosticado em 1999 e se dedica a compartilhar o que aprendeu sobre a enfermidade A data foi instituída nos Estados Unidos, mas merecia ter um espaço em nosso calendário: 11 de maio é Dia da Consciência sobre a Saúde Mental dos Idosos. Foi quando assisti a um simpósio on-line cujo principal palestrante era o apresentador Montel Williams, titular de um popular talk show durante quase duas décadas. Em 1999, aos 43 anos, foi diagnosticado com esclerose múltipla, doença que veio acompanhada de uma depressão severa e dores lancinantes. Sua jornada para vencer as limitações o transformou e hoje ele se dedica a compartilhar o que aprendeu: Montel Williams: apresentador compartilha o que aprendeu ao lidar com a esclerose múltipla Divulgação “É preciso que acreditemos em nossa força interna, em nosso próprio poder, porque boa parte do tratamento depende de nós. É fundamental que o paciente conheça sua doença, busque o máximo de informação, porque médicos não são deuses, nem sabem tudo. Se nos guiarmos apenas pelo diagnóstico, estaremos restritos à expectativa deles. Na época, ouvi coisas como: ‘em cinco anos, você estará numa cadeira de rodas’; ou que podia esperar mais dez anos de vida. Como alguém pode dizer tal coisa sem me conhecer?”. O objetivo de Williams foi se tornar “íntimo” de sua enfermidade. “Ainda não havia internet e mergulhei nos livros para aprender o máximo que pude. Não me dei por vencido”, lembrou. O primeiro passo foi mudar seu estilo de vida, privilegiando a atividade física e uma alimentação de qualidade: “Exercício é bom, não importa a idade, e o que ingerimos tem impacto direto no nível de inflamação do organismo. Eu tenho esclerose múltipla, mas ela não me tem. As pessoas devem acreditar no seu poder interior”. Em 2013, o apresentador criou um programa de saúde e fitness. Tornou-se um defensor do uso da maconha para fins medicinais, já que a droga foi valiosa para o controle da dor. “Quero estar ocupando vivendo, e não morrendo, por isso estou atento a todos os novos protocolos e tratamentos que surgem. Vale para a esclerose múltipla, mas também para câncer, lúpus ou fibromialgia”, afirmou, acrescentando que é preciso demonstrar nossa gratidão por todos que nos dão apoio: “Escreva uma carta ou um bilhete para quem esteve ao seu lado, dizendo que espera que essa pessoa saiba o quanto é importante para você”. A esclerose múltipla é uma doença neurológica autoimune crônica, provocada por mecanismos inflamatórios e degenerativos que comprometem a bainha de mielina que reveste os neurônios das substâncias branca e cinzenta do sistema nervoso central. No Brasil, estima-se que existam 40 mil casos da doença, que atinge predominantemente mulheres e indivíduos na faixa entre os 20 e 40 anos. O quadro inflamatório afeta as funções coordenadas pelo cérebro, cerebelo, tronco encefálico e medula espinhal, produzindo sintomas como fraqueza, perda da força muscular, falta de coordenação, dor ou queimação na face, alterações na visão, alterações de humor, depressão e ansiedade.