Em jantar com ministros do STF, Lula discute nova onda de ataques à corte e ofensiva internacional

Encontro, na casa do ministro Gilmar Mendes, teve participação de Dino, Zanin e Alexandre de Moraes Presidente Lula lança programa 'Terra da gente' no Palácio do Planalto Reprodução/CanalGov O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou nesta segunda-feira (15), na casa do ministro Gilmar Mendes, em Brasília, para um jantar fechado. Acompanhado de Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (AGU), Lula queria não só fazer um gesto ao Supremo Tribunal Federal, como também debater a nova onda de ataques à corte. Do lado do STF, estavam os ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino e Alexandre de Moraes. Segundo dois participantes do jantar, em dado momento houve uma espécie de consenso de que o ataque institucional ao Judiciário não só não perdeu tração desde o 8 de janeiro como passa, neste momento, por um processo de reforço, inclusive com um braço de ofensiva internacional, espelhado na retórica do bilionário Elon Musk. A conversa, segundo os envolvidos, teve tom ameno, de avaliação de cenários, não de tomada de decisão. O próprio Lula pareceu atribulado, e externou o pouco espaço de ação no Congresso, já que a agenda ecômica, braço importante do governo, precisa avançar nas duas Casas. A fala ocorre num momento em que setores da Câmara ensaiaram "dar um recado" ao Supremo relaxando a prisão do deputado Chiquinho Brazão, acusado de duplo homicídio de Marielle e Anderson, motorista da vereadora. Ainda assim, ministros da corte apontaram que faltam vozes de líderes alinhados ao entendimento de que sim, é preciso regular redes, e que estimulem ou mesmo pressionem o Congresso nessa direção. Neste momento, foi mencionado, inclusive, que, ao contrário do pretendido, gente graúda ligada ao governo ajudou a ala mais conservadora --e extremista-- do Senado a impor derrotas ao STF, numa menção velada a voto dado por Jaques Wagner (PT-BA) pela imposição de restrições a decisões monocráticas, individuais. Lula sinalizou que gostaria de fazer desses reuniões de avaliação de cenário algo periódico para a retomada de pontes institucionais entre os Poderes. Os ministro assentiram.

Em jantar com ministros do STF, Lula discute nova onda de ataques à corte e ofensiva internacional

Encontro, na casa do ministro Gilmar Mendes, teve participação de Dino, Zanin e Alexandre de Moraes Presidente Lula lança programa 'Terra da gente' no Palácio do Planalto Reprodução/CanalGov O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou nesta segunda-feira (15), na casa do ministro Gilmar Mendes, em Brasília, para um jantar fechado. Acompanhado de Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (AGU), Lula queria não só fazer um gesto ao Supremo Tribunal Federal, como também debater a nova onda de ataques à corte. Do lado do STF, estavam os ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino e Alexandre de Moraes. Segundo dois participantes do jantar, em dado momento houve uma espécie de consenso de que o ataque institucional ao Judiciário não só não perdeu tração desde o 8 de janeiro como passa, neste momento, por um processo de reforço, inclusive com um braço de ofensiva internacional, espelhado na retórica do bilionário Elon Musk. A conversa, segundo os envolvidos, teve tom ameno, de avaliação de cenários, não de tomada de decisão. O próprio Lula pareceu atribulado, e externou o pouco espaço de ação no Congresso, já que a agenda ecômica, braço importante do governo, precisa avançar nas duas Casas. A fala ocorre num momento em que setores da Câmara ensaiaram "dar um recado" ao Supremo relaxando a prisão do deputado Chiquinho Brazão, acusado de duplo homicídio de Marielle e Anderson, motorista da vereadora. Ainda assim, ministros da corte apontaram que faltam vozes de líderes alinhados ao entendimento de que sim, é preciso regular redes, e que estimulem ou mesmo pressionem o Congresso nessa direção. Neste momento, foi mencionado, inclusive, que, ao contrário do pretendido, gente graúda ligada ao governo ajudou a ala mais conservadora --e extremista-- do Senado a impor derrotas ao STF, numa menção velada a voto dado por Jaques Wagner (PT-BA) pela imposição de restrições a decisões monocráticas, individuais. Lula sinalizou que gostaria de fazer desses reuniões de avaliação de cenário algo periódico para a retomada de pontes institucionais entre os Poderes. Os ministro assentiram.