Entenda como funcionava desvio de produtos químicos para produção de crack que envolveu empresa de Renato Cariani

Investigações começaram em 2019, após a AstraZeneca procurar o Ministério Público para comunicar as fraudes. Segundo a PF, Renato Cariani é sócio administrador da Anidrol, que forneceu toneladas de solventes para o tráfico produzir cocaína e crack e forjar a venda dos produtos para farmacêuticas. Influencer é alvo de operação da PF que mira tráfico de drogas e desvio de produto químico A Polícia Federal fez nesta terça-feira (12) a operação Hinsberg contra um grupo suspeito de desviar produtos químicos para o narcotráfico produzir mais de 12 toneladas de cocaína e crack e fraudar notais fiscais. Segundo a PF, o influenciador do mundo fitness, Renato Cariani, é um dos principais alvos. Ele é o sócio administrador da indústria química Anidrol. Como funcionava o esquema De acordo com a PF, a empresa de Cariani desviava solventes como o acetato de etila, acetona, éter etílico, cloridrato de lidocaína, manitol e fenacetina, todos usados para produzir cocaína e crack, e emitia notas fiscais falsas da venda deles para empresas farmacêuticas de renome no mercado. Os produtos eram entregues a Fábio Spinola Mota, apontado pelos investigadores como intermediador, e amigo de longa data de Cariani. Ele direcionava a entrega para o tráfico. Segundo as investigações, Spinola criou um falso e-mail em nome de um suposto funcionário da AstraZeneca, com quem a empresa de Cariani teria negociado a compra dos produtos. As investigações começaram em 2019, quando a farmacêutica procurou o Ministério Público para informar que a empresa do influencer emitiu notas fiscais no ano de 2017 referente à movimentações de produtos químicos que não reconhecia como suas. Logo depois da primeira denúncia, a Clorquímica também representou contra a Anidrol por conta da emissão fraudulenta de quatro notas fiscais, de abril e junho de 2017. Na ocasião, a empresa afirmou que nunca teve relações comerciais com a empresa de Cariani. No ano seguinte, a LBS Laborasa comunicou à PF mais uma fraude em notas fiscais, emitidas pela Anidrol, juntamente com outra empresa, a Quimietest. Ainda de acordo com a PF, Renato Cariani é sócio administrador da Anidrol, juntamente com Roseli Dorth, mãe de Ana Paula Dalvino Leite, que é sócia responsável pela empresa Quimietest. Segundo a PF, a Quimietest não tem sede física e atua como braço da empresa do influencer. Ela, inclusive, tem como ex-sócia a esposa de Cariani. Nome da operação Oscar Hinsberg foi um químico que percebeu a possibilidade de converter compostos químicos em fenacetina. Essa substância foi o principal insumo químico desviado. O que dizem os alvos Pelas redes sociais, o influenciador negou envolvimento no esquema e disse que foi surpreendido pela operação da PF. Ele também afirmou que seus advogados ainda não tiveram acesso ao processo. Influenciador nega envolvimento em esquema de desvio de produtos químicos para o tráfico "Fui surpreendido com um mandado de busca e apreensão da polícia na minha casa, onde eu fui informado que não só a minha empresa, mas várias empresas estão sendo investigadas num processo que eu não sei, porque ele corre em "processo de justiça" [sic]. Então, meus advogados agora vão dar entrada pedindo para ver esse processo e, aí sim, eu vou entender o que consta nessa investigação", afirmou. Na mensagem, ele defende a empresa da qual é sócio. "Eu sofri busca e apreensão porque eu sou um dos sócios, então, todos os sócios sofreram busca e e apreensão. Essa empresa, uma das empresas que eu sou sócio, está sofrendo a investigação, ela foi fundada em 1981. Então, tem mais de 40 anos de história. É uma empresa linda, onde a minha sócia, com 71 anos de idade, é a grande administradora, a grande gestora da empresa, é quem conduz a empresa, uma empresa com sede própria, que tem todas as licenças tem todas as certificações nacionais e internacionais. Uma empresa que trabalha toda regulada. Então, para mim, para a minha sócia, para todas as pessoas, foi uma surpresa", completou. O g1 tenta contato com a defesa de Fábio Spinola Mota. Quem é o influenciador Renato Cariani é um dos principais nomes do mundo fitness e conhecido por ser o maior apoiador do fisiculturismo brasileiro. Ele tem 47 anos e é casado com Tatiane Martines Cariani. Renato tem mais 7 milhões de seguidores no Instagram e 6 milhões de seguidores no canal do YouTube. Os vídeos relacionados ao mundo da dieta e do culto ao corpo acumulam 1 bilhão de visualizações. Nas redes sociais, ele se apresenta como professor de química, professor de educação física, atleta profissional, empresário e youtuber. Influencer fitness Renato Cariani Reprodução/Instagram/@renato_carian A operação Ao todo, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, sendo 16 em São Paulo, um em Minas Gerais e um no Paraná. Fabio Spinola, apontado como intermediador, já foi preso por envolvimento nesse tipo de crime em operação da PF no Paraná. Nesta terça, a PF encontrou, na casa dele, mais de R$ 100 mil em espécie.

Entenda como funcionava desvio de produtos químicos para produção de crack que envolveu empresa de Renato Cariani

Investigações começaram em 2019, após a AstraZeneca procurar o Ministério Público para comunicar as fraudes. Segundo a PF, Renato Cariani é sócio administrador da Anidrol, que forneceu toneladas de solventes para o tráfico produzir cocaína e crack e forjar a venda dos produtos para farmacêuticas. Influencer é alvo de operação da PF que mira tráfico de drogas e desvio de produto químico A Polícia Federal fez nesta terça-feira (12) a operação Hinsberg contra um grupo suspeito de desviar produtos químicos para o narcotráfico produzir mais de 12 toneladas de cocaína e crack e fraudar notais fiscais. Segundo a PF, o influenciador do mundo fitness, Renato Cariani, é um dos principais alvos. Ele é o sócio administrador da indústria química Anidrol. Como funcionava o esquema De acordo com a PF, a empresa de Cariani desviava solventes como o acetato de etila, acetona, éter etílico, cloridrato de lidocaína, manitol e fenacetina, todos usados para produzir cocaína e crack, e emitia notas fiscais falsas da venda deles para empresas farmacêuticas de renome no mercado. Os produtos eram entregues a Fábio Spinola Mota, apontado pelos investigadores como intermediador, e amigo de longa data de Cariani. Ele direcionava a entrega para o tráfico. Segundo as investigações, Spinola criou um falso e-mail em nome de um suposto funcionário da AstraZeneca, com quem a empresa de Cariani teria negociado a compra dos produtos. As investigações começaram em 2019, quando a farmacêutica procurou o Ministério Público para informar que a empresa do influencer emitiu notas fiscais no ano de 2017 referente à movimentações de produtos químicos que não reconhecia como suas. Logo depois da primeira denúncia, a Clorquímica também representou contra a Anidrol por conta da emissão fraudulenta de quatro notas fiscais, de abril e junho de 2017. Na ocasião, a empresa afirmou que nunca teve relações comerciais com a empresa de Cariani. No ano seguinte, a LBS Laborasa comunicou à PF mais uma fraude em notas fiscais, emitidas pela Anidrol, juntamente com outra empresa, a Quimietest. Ainda de acordo com a PF, Renato Cariani é sócio administrador da Anidrol, juntamente com Roseli Dorth, mãe de Ana Paula Dalvino Leite, que é sócia responsável pela empresa Quimietest. Segundo a PF, a Quimietest não tem sede física e atua como braço da empresa do influencer. Ela, inclusive, tem como ex-sócia a esposa de Cariani. Nome da operação Oscar Hinsberg foi um químico que percebeu a possibilidade de converter compostos químicos em fenacetina. Essa substância foi o principal insumo químico desviado. O que dizem os alvos Pelas redes sociais, o influenciador negou envolvimento no esquema e disse que foi surpreendido pela operação da PF. Ele também afirmou que seus advogados ainda não tiveram acesso ao processo. Influenciador nega envolvimento em esquema de desvio de produtos químicos para o tráfico "Fui surpreendido com um mandado de busca e apreensão da polícia na minha casa, onde eu fui informado que não só a minha empresa, mas várias empresas estão sendo investigadas num processo que eu não sei, porque ele corre em "processo de justiça" [sic]. Então, meus advogados agora vão dar entrada pedindo para ver esse processo e, aí sim, eu vou entender o que consta nessa investigação", afirmou. Na mensagem, ele defende a empresa da qual é sócio. "Eu sofri busca e apreensão porque eu sou um dos sócios, então, todos os sócios sofreram busca e e apreensão. Essa empresa, uma das empresas que eu sou sócio, está sofrendo a investigação, ela foi fundada em 1981. Então, tem mais de 40 anos de história. É uma empresa linda, onde a minha sócia, com 71 anos de idade, é a grande administradora, a grande gestora da empresa, é quem conduz a empresa, uma empresa com sede própria, que tem todas as licenças tem todas as certificações nacionais e internacionais. Uma empresa que trabalha toda regulada. Então, para mim, para a minha sócia, para todas as pessoas, foi uma surpresa", completou. O g1 tenta contato com a defesa de Fábio Spinola Mota. Quem é o influenciador Renato Cariani é um dos principais nomes do mundo fitness e conhecido por ser o maior apoiador do fisiculturismo brasileiro. Ele tem 47 anos e é casado com Tatiane Martines Cariani. Renato tem mais 7 milhões de seguidores no Instagram e 6 milhões de seguidores no canal do YouTube. Os vídeos relacionados ao mundo da dieta e do culto ao corpo acumulam 1 bilhão de visualizações. Nas redes sociais, ele se apresenta como professor de química, professor de educação física, atleta profissional, empresário e youtuber. Influencer fitness Renato Cariani Reprodução/Instagram/@renato_carian A operação Ao todo, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, sendo 16 em São Paulo, um em Minas Gerais e um no Paraná. Fabio Spinola, apontado como intermediador, já foi preso por envolvimento nesse tipo de crime em operação da PF no Paraná. Nesta terça, a PF encontrou, na casa dele, mais de R$ 100 mil em espécie. A operação é realizada em conjunto com Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO do MPSP) de São Paulo e a Receita Federal.