Funeral de Celeste Fishbein, jovem de 18 anos morta pelo Hamas, será nesta quinta-feira em Israel, diz família

Celeste era filha e neta de brasileiros e trabalhava em um kibutz – pequena comunidade rural. Morte foi confirmada nesta terça (17) pelo exército israelense. Celeste Fishbein, estava desaparecida desde a manhã de sábado (7), quando o Hamas atacou Israel Reprodução/Redes Sociais; P Photo/Adel Hana O corpo da jovem israelense Celeste Fishbein, de 18 anos e que foi morta pelo Hamas em Israel, foi liberado para a família e será enterrado nesta quinta-feira (19), segundo informou a família ao g1. Celeste era filha e neta de brasileiros e estava sendo procurada desde o dia 7 de outubro pela família. "Com grande tristeza e com o coração partido, anunciamos a morte prematura de nossa filha, irmã, neta, amiga e amada, que foi assassinada por homens perversos no kibutz Be'eri. O funeral acontecerá na quinta-feira, 19/10/2023 às 15h30 no cemitério do kibutz Ga'ash", diz o comunicado. Kibutz vem do hebraico e quer dizer "reunião" ou "grupo coletivo". A palavra dá nome a comunidades israelenses agrícolas, administradas coletivamente, onde Celeste morava. Nesta terça (17), a família divulgou um vídeo para homenagear a jovem. Nas imagens, ela aparece dançando, rindo e abraçando os amigos (veja abaixo). "Um anjo nos tocou a alma de todos aqui na terra e foi levado por Deus de volta ao céu", diz a mensagem que acompanha o vídeo. Família divulga vídeo para homenagear Celeste Fishbein, jovem morta pelo Hamas Desaparecimento e morte confirmada 'Ela foi assassinada pelo caminho', diz tio de Celeste Fishbein A família de Celeste estava à procura dela desde 7 de outubro, quando a jovem parou de dar notícias após o atentado do grupo extremista Hamas ao território israelense. Contudo, na terça-feira (17), o exército confirmou sua morte. Leia também: Como o Hamas sequestrou Celeste, filha de brasileiros que vivia perto de Gaza Celeste, filha e neta de brasileiros, esteve sob poder do Hamas Família divulga vídeo para homenagear Celeste Fishbein, jovem de 18 anos morta pelo Hamas Segundo o tio dela, Mario Fishbein, representantes do exército israelense foram até a casa da família, mas não informaram outros detalhes, como quando e onde o corpo foi encontrado, nem as circunstâncias em que ela morreu. Inicialmente, nos dias anteriores, o exército israelense havia informado à família que a jovem foi feita refém em Gaza. Celeste Fishbein ao lado da mãe e da avó brasileiras, Sarah Fishbein – 94 anos – e Gladys Fishbein. Acervo pessoal Filho de brasileiro também foi morto Gavriel Yishay Barel Arquivo Pessoal O jovem israelense Gavriel Yishay Barel, filho do brasileiro Jayro Varella Filho, teve a morte confirmada neste domingo (15). Ele tentou fugir de carro do ataque do Hamas durante o festival de música eletrônica "Universo Paralello", no dia 7 de outubro, mas teve o veículo alvejado por tiros. Gavriel Yishay Barel foi enterrado nesta segunda-feira (16) em Tsefat, ao Norte de Israel, na região da Galiléia. "Foi brutalmente assassinado com rajadas de metralhadora pesada montada na traseira de uma caminhonete. Seu corpo foi totalmente dilacerado e queimado junto com seu melhor amigo, que estava a seu lado no carro. E o carro foi totalmente perfurado e destruído com balas de grosso calibre e carbonizado", disse o pai ao g1. Segundo Jayro, ele morreu ao tentar fugir de carro. A morte foi confirmada 8 dias depois, no último domingo (15), após resultado de um exame de DNA que o identificou. "Procuramos por uma semana por todos os hospitais, porque tinham muitos feridos graves sem identificação e desacordados. A situação estava caótica e o Gavriel só foi identificado uma semana depois. A identificação só foi possível com o exame de DNA feito a partir de material da arcada dentária porque meu filho foi brutalmente assassinado. O corpo ainda estava no carro, no volante. Por serem muitos corpos e pelo fato de a identificação ser difícil, demorou muito mais tempo", conta o pai. "Quem me falou sobre a descoberta de seu corpo foi a Embaixada Brasileira em Tel Aviv através de um diplomata muito educado e sensível à situação. Quero deixar meu agradecimento a ele. Na minha casa foi um grupo de pessoas, entre elas, oficiais do exército, da polícia, representantes da prefeitura e duas assistentes sociais, que vieram me dar a notícia oficial do falecimento trágico do Gavriel", complementou Jayro. Gavriel Yishay Barel Arquivo Pessoal Gavriel nasceu em Israel em 2001, mas chegou a morar brevemente em São Paulo com a família, formada por cinco filhos: Uriel, Abraham e Guittit (gêmeos), Gavriel e Yudah. Após a separação dos pais, passou a morar em Ashkelon, cidade a menos de 15 quilômetros da Faixa de Gaza. "Nunca pensei passar por isso. Mas eu continuo aqui. Não penso em voltar para o Brasil porque minha vida está construída aqui. Aqui estão meus filhos e aqui me sinto em casa". Vítimas brasileiras O governo federal confirmou, até o momento, a morte de três brasileiros em Israel. Todos eles também estavam na festa rave. Os três brasileiros viviam em

Funeral de Celeste Fishbein, jovem de 18 anos morta pelo Hamas, será nesta quinta-feira em Israel, diz família

Celeste era filha e neta de brasileiros e trabalhava em um kibutz – pequena comunidade rural. Morte foi confirmada nesta terça (17) pelo exército israelense. Celeste Fishbein, estava desaparecida desde a manhã de sábado (7), quando o Hamas atacou Israel Reprodução/Redes Sociais; P Photo/Adel Hana O corpo da jovem israelense Celeste Fishbein, de 18 anos e que foi morta pelo Hamas em Israel, foi liberado para a família e será enterrado nesta quinta-feira (19), segundo informou a família ao g1. Celeste era filha e neta de brasileiros e estava sendo procurada desde o dia 7 de outubro pela família. "Com grande tristeza e com o coração partido, anunciamos a morte prematura de nossa filha, irmã, neta, amiga e amada, que foi assassinada por homens perversos no kibutz Be'eri. O funeral acontecerá na quinta-feira, 19/10/2023 às 15h30 no cemitério do kibutz Ga'ash", diz o comunicado. Kibutz vem do hebraico e quer dizer "reunião" ou "grupo coletivo". A palavra dá nome a comunidades israelenses agrícolas, administradas coletivamente, onde Celeste morava. Nesta terça (17), a família divulgou um vídeo para homenagear a jovem. Nas imagens, ela aparece dançando, rindo e abraçando os amigos (veja abaixo). "Um anjo nos tocou a alma de todos aqui na terra e foi levado por Deus de volta ao céu", diz a mensagem que acompanha o vídeo. Família divulga vídeo para homenagear Celeste Fishbein, jovem morta pelo Hamas Desaparecimento e morte confirmada 'Ela foi assassinada pelo caminho', diz tio de Celeste Fishbein A família de Celeste estava à procura dela desde 7 de outubro, quando a jovem parou de dar notícias após o atentado do grupo extremista Hamas ao território israelense. Contudo, na terça-feira (17), o exército confirmou sua morte. Leia também: Como o Hamas sequestrou Celeste, filha de brasileiros que vivia perto de Gaza Celeste, filha e neta de brasileiros, esteve sob poder do Hamas Família divulga vídeo para homenagear Celeste Fishbein, jovem de 18 anos morta pelo Hamas Segundo o tio dela, Mario Fishbein, representantes do exército israelense foram até a casa da família, mas não informaram outros detalhes, como quando e onde o corpo foi encontrado, nem as circunstâncias em que ela morreu. Inicialmente, nos dias anteriores, o exército israelense havia informado à família que a jovem foi feita refém em Gaza. Celeste Fishbein ao lado da mãe e da avó brasileiras, Sarah Fishbein – 94 anos – e Gladys Fishbein. Acervo pessoal Filho de brasileiro também foi morto Gavriel Yishay Barel Arquivo Pessoal O jovem israelense Gavriel Yishay Barel, filho do brasileiro Jayro Varella Filho, teve a morte confirmada neste domingo (15). Ele tentou fugir de carro do ataque do Hamas durante o festival de música eletrônica "Universo Paralello", no dia 7 de outubro, mas teve o veículo alvejado por tiros. Gavriel Yishay Barel foi enterrado nesta segunda-feira (16) em Tsefat, ao Norte de Israel, na região da Galiléia. "Foi brutalmente assassinado com rajadas de metralhadora pesada montada na traseira de uma caminhonete. Seu corpo foi totalmente dilacerado e queimado junto com seu melhor amigo, que estava a seu lado no carro. E o carro foi totalmente perfurado e destruído com balas de grosso calibre e carbonizado", disse o pai ao g1. Segundo Jayro, ele morreu ao tentar fugir de carro. A morte foi confirmada 8 dias depois, no último domingo (15), após resultado de um exame de DNA que o identificou. "Procuramos por uma semana por todos os hospitais, porque tinham muitos feridos graves sem identificação e desacordados. A situação estava caótica e o Gavriel só foi identificado uma semana depois. A identificação só foi possível com o exame de DNA feito a partir de material da arcada dentária porque meu filho foi brutalmente assassinado. O corpo ainda estava no carro, no volante. Por serem muitos corpos e pelo fato de a identificação ser difícil, demorou muito mais tempo", conta o pai. "Quem me falou sobre a descoberta de seu corpo foi a Embaixada Brasileira em Tel Aviv através de um diplomata muito educado e sensível à situação. Quero deixar meu agradecimento a ele. Na minha casa foi um grupo de pessoas, entre elas, oficiais do exército, da polícia, representantes da prefeitura e duas assistentes sociais, que vieram me dar a notícia oficial do falecimento trágico do Gavriel", complementou Jayro. Gavriel Yishay Barel Arquivo Pessoal Gavriel nasceu em Israel em 2001, mas chegou a morar brevemente em São Paulo com a família, formada por cinco filhos: Uriel, Abraham e Guittit (gêmeos), Gavriel e Yudah. Após a separação dos pais, passou a morar em Ashkelon, cidade a menos de 15 quilômetros da Faixa de Gaza. "Nunca pensei passar por isso. Mas eu continuo aqui. Não penso em voltar para o Brasil porque minha vida está construída aqui. Aqui estão meus filhos e aqui me sinto em casa". Vítimas brasileiras O governo federal confirmou, até o momento, a morte de três brasileiros em Israel. Todos eles também estavam na festa rave. Os três brasileiros viviam em Israel há alguns anos, sendo que os dois últimos tinham cidadania israelense: Bruna Valeanu, carioca, 22 anos; Ranani Nidejelski Glazer, gaúcho, 23 anos; Karla Stelzer Mendes, carioca, 42 anos. Diversos brasileiros estavam no festival de música eletrônica Universo Paralello, atacado no sábado (7) pelo grupo extremista armado Hamas. O ataque deixou mais de 260 mortos apenas na festa. VÍDEOS: conflito entre Israel e Hamas