Petrobras vai pedir que Ibama reconsidere licenciamento para perfuração na foz do Amazonas

Estatal diz que cumpre todos os requisito para ter a licença, mas apresentará novas medidas para reforçar prevenção da fauna. Secretário diz que pedido foi negado porque a "segurança ambiental" não foi comprovada, mas que Petrobras ainda pode conseguir licenciamento se apresentar mais garantias. Edifício-sede da Petrobras, no centro do Rio Marcos Serra Lima/g1 A Petrobras informou que vai protocolar, ainda nesta semana, um pedido para que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) reconsidere a decisão que negou a licença para perfuração de da foz do Amazonas, em um poço de águas profundas localizado no Amapá. A companhia afirma que atende todos os requisitos previstos na legislação e que cumpriu todas as exigências técnicas demandadas pelo Ibama para realizar o projeto. "Ainda assim, a Petrobras se prontifica a atender demandas adicionais porventura remanescentes", diz a estatal. Segundo a empresa, em seu pedido de reconsideração que será enviado ao Ibama, ela apresentará medidas adicionais, se comprometendo a melhorar o cuidado e prevenção da fauna local. A Petrobras ampliará a base de estabilização de fauna no município de Oiapoque (AP), que atuará em conjunto com o Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna (CRD), construído pela estatal em Belém (PA). "Desse modo, na remota possibilidade de ocorrência de um acidente com vazamento, o atendimento à fauna poderá ser realizado nas duas localidades", pontua a empresa. Em nota, a companhia ressalta que a distância entre o Centro de Belém e o local da perfuração foi um dos temas de atenção destacados pelo Ibama na sua avaliação que recusou a licença. Por isso, a ampliação da base de atendimento. O campo de exploração pretendido pela empresa tem potencial de produção de 14 bilhões de barris de petróleo e está a 175 quilômetros da costa do Amapá. Falta 'segurança ambiental' "É necessário um estudo da região como um todo", diz João Paulo Capobianco sobre a exploração de petróleo na bacia da foz do Amazonas O secretário executivo do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, disse nesta quarta-feira (24), em entrevista à GloboNews, que o pedido da Petrobras havia sido negado pelo Ibama porque não foi comprovada a segurança ambiental do projeto. "A decisão de explorar a área é do governo e o papel do Ministério do Meio Ambiente, por meio do Ibama, é verificar se há segurança ambiental para tal, o que ainda não foi comprovado", afirma. No entanto, Capobianco destaca que "isso não impede que as coisas evoluam" e o Instituto conceda a licença para a exploração, caso a Petrobras consiga comprovar, com novos estudos e medidas, que há garantias de que não haverá prejuízo para o meio ambiente. Para isso, o secretário pontua que a estatal fará novas análises, a partir de uma avaliação ambiental de área sedimentar. Nesse tipo de avaliação, a companhia estudará toda a frente onde se pretende iniciar a exploração de petróleo, mapeando a área como um todo e analisando os pontos mais frágeis e os menos frágeis. Assim, seria possível apresentar as garantias e medidas necessárias de forma mais assertiva. O Ibama negou a licença à estatal na última quarta-feira (17). Já nesta segunda (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou que o governo não emitirá a licença para a Petrobras se a exploração pudesse apresentar problemas ambientais para a região, mas destacou que acha "difícil" que haja esse impacto para o meio ambiente, uma vez que o ponto de exploração fica localizado a mais de 500 quilômetros de distância da foz do rio.

Petrobras vai pedir que Ibama reconsidere licenciamento para perfuração na foz do Amazonas

Estatal diz que cumpre todos os requisito para ter a licença, mas apresentará novas medidas para reforçar prevenção da fauna. Secretário diz que pedido foi negado porque a "segurança ambiental" não foi comprovada, mas que Petrobras ainda pode conseguir licenciamento se apresentar mais garantias. Edifício-sede da Petrobras, no centro do Rio Marcos Serra Lima/g1 A Petrobras informou que vai protocolar, ainda nesta semana, um pedido para que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) reconsidere a decisão que negou a licença para perfuração de da foz do Amazonas, em um poço de águas profundas localizado no Amapá. A companhia afirma que atende todos os requisitos previstos na legislação e que cumpriu todas as exigências técnicas demandadas pelo Ibama para realizar o projeto. "Ainda assim, a Petrobras se prontifica a atender demandas adicionais porventura remanescentes", diz a estatal. Segundo a empresa, em seu pedido de reconsideração que será enviado ao Ibama, ela apresentará medidas adicionais, se comprometendo a melhorar o cuidado e prevenção da fauna local. A Petrobras ampliará a base de estabilização de fauna no município de Oiapoque (AP), que atuará em conjunto com o Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna (CRD), construído pela estatal em Belém (PA). "Desse modo, na remota possibilidade de ocorrência de um acidente com vazamento, o atendimento à fauna poderá ser realizado nas duas localidades", pontua a empresa. Em nota, a companhia ressalta que a distância entre o Centro de Belém e o local da perfuração foi um dos temas de atenção destacados pelo Ibama na sua avaliação que recusou a licença. Por isso, a ampliação da base de atendimento. O campo de exploração pretendido pela empresa tem potencial de produção de 14 bilhões de barris de petróleo e está a 175 quilômetros da costa do Amapá. Falta 'segurança ambiental' "É necessário um estudo da região como um todo", diz João Paulo Capobianco sobre a exploração de petróleo na bacia da foz do Amazonas O secretário executivo do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, disse nesta quarta-feira (24), em entrevista à GloboNews, que o pedido da Petrobras havia sido negado pelo Ibama porque não foi comprovada a segurança ambiental do projeto. "A decisão de explorar a área é do governo e o papel do Ministério do Meio Ambiente, por meio do Ibama, é verificar se há segurança ambiental para tal, o que ainda não foi comprovado", afirma. No entanto, Capobianco destaca que "isso não impede que as coisas evoluam" e o Instituto conceda a licença para a exploração, caso a Petrobras consiga comprovar, com novos estudos e medidas, que há garantias de que não haverá prejuízo para o meio ambiente. Para isso, o secretário pontua que a estatal fará novas análises, a partir de uma avaliação ambiental de área sedimentar. Nesse tipo de avaliação, a companhia estudará toda a frente onde se pretende iniciar a exploração de petróleo, mapeando a área como um todo e analisando os pontos mais frágeis e os menos frágeis. Assim, seria possível apresentar as garantias e medidas necessárias de forma mais assertiva. O Ibama negou a licença à estatal na última quarta-feira (17). Já nesta segunda (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou que o governo não emitirá a licença para a Petrobras se a exploração pudesse apresentar problemas ambientais para a região, mas destacou que acha "difícil" que haja esse impacto para o meio ambiente, uma vez que o ponto de exploração fica localizado a mais de 500 quilômetros de distância da foz do rio.